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Sonho de Paiva falhou

Tomar já não é candidata a Capital Europeia da Cultura em 2012

O “sonho” de António Paiva em candidatar Tomar a Capital Europeia da Cultura em 2012 falhou com o anúncio, esta semana, de que Guimarães foi a escolhida.

A ministra da Cultura anunciou esta semana que Guimarães será a capital Europeia da Cultura em 2012, desfazendo o sonho do presidente da Câmara de Tomar, António Paiva, que há três mandatos tem elegido esse projecto como bandeira eleitoralista.A candidatura de Tomar a Capital Europeia da Cultura em 2012 foi uma das bandeiras da campanha do social-democrata António Paiva (também presidente da CUMT) nas eleições autárquicas. Em todos os três mandatos que assumiu. Hoje, o autarca minimiza a questão, lembrando no entanto que os projectos culturais do concelho devem avançar, independentemente do falhanço da candidatura.Em declarações a O MIRANTE, o autarca disse perceber a decisão do Governo. “Quando há candidaturas fortes de concelhos com dimensão superior, como Guimarães, é normal que tenham melhor acolhimento junto do Governo que outras, de cidades mais pequenas”.Afirmando não estar desiludido com a decisão da ministra da Cultura, Isabel Pires de Lima, António Paiva lançou no entanto um aviso ao Governo. “Há cidades que têm um valor cultural e patrimonial acima da média para a sua dimensão e isso tem de ser valorizado”, disse. Adianta que o facto de Guimarães ter sido a escolhida “não pode nem deve impedir” que mais de uma dezena de cidades como Tomar deixem de ter apoios para continuar a fazer investimentos nessa área.António Paiva pede mesmo ao Governo uma “discriminação positiva” para cidades como Tomar, para as quais “valorizar património é um desígnio nacional”, sendo que os investimentos nessa área não podem ser vistos da mesma forma que os investimentos em infra-estruturas básicas. “O valor endógeno de Tomar é a sua área cultural e patrimonial”, lembrou.É por isso que o presidente do município diz esperar que os projectos culturais e patrimoniais previstos para a cidade – como o Museu João Castilho, os Lagares D’El Rei ou o Fórum Romano – não venham a ser afectados por esta escolha. O receio de António Paiva é que o Governo “desvie” agora verbas dos projectos de Tomar para potenciar a candidatura de Guimarães.Porque, como diz, “todas as autarquias que têm património da Humanidade estão a fazer esforços para investir nesse sector”. E salienta que, ao contrário de outras cidades, Tomar não teve nos últimos anos fundos sectoriais para a cultura, devido ao facto de integrar a Região de Lisboa e Vale do Tejo. “Tivemos que utilizar os fundos regionais e isso também tem de ser valorizado”.Margarida Cabeleira

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