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“Vender a todo o custo”

Trabalhei nesse tipo vendas e nada do que é relatado sobre estas se passa na verdade, tivemos vários casos de clientes que destruíram a cópia que tinham do contrato, que foram rudes e malcriados connosco e que foram levados a reclamar apenas porque os familiares os pressionaram, porque na ideia desses familiares, eles teriam sido enganados.Trabalhei para a Biocasa em Évora e a única coisa que esta fazia com a qual eu discordava era a entrega antecipada do produto, sem a devida autorização do crédito, pois muitos clientes ficavam com o produto sabendo que o crédito não seria aprovado.As técnicas utilizadas não passam de verdadeiras técnicas de venda, muito diferentes das utilizadas por pretensos vendedores que não fazem mais que recolher encomendas.Para as pessoas impulsivas, as nossas técnicas eram tão sedutoras como os anúncios de brinquedos o são para crianças.Como qualquer plano de Marketing, como O MIRANTE deve ter, eram baseadas num tipo de cliente identificado e analisado à exaustão, para obter o máximo de eficácia, de tal forma que em cada dois clientes eu vendia um produto. Produto esse de verdadeira qualidade, de produção nacional, e com garantia do fabricante conforme a lei. A fábrica está devidamente identificada no contrato assim como as cláusulas. Possuo ainda exemplares do contrato.Devido à fé que os jornais depositam nessas histórias, e ao gosto pelo linchamento que faz este tipo de notícia ser apreciada, acredito que nenhuma destas empresas queira falar com jornalistas que não sejam devidamente isentos. Sei que apenas quem já trabalhou neste tipo de venda sabe a verdade do que lá se passa. Quanto aos preços ditos elevados, quem continua a consumir gasolina e gasóleo no nosso país não devia de reclamar por ser enganado, assim como quem consome “água suja” com cafeína? O que eu vendia era um novo estilo de vida, um ideal, um apoio para levarmos uma vida melhor. Mas o mito da venda agressiva impera (nunca fui agressivo para ninguém, mas fui várias vezes agredido verbalmente, até por clientes que depois me compraram mais produtos devido a estarem satisfeitos), passado de boca em boca. Convido qualquer jornalista devidamente isento a contactar-me. Terei todo o gosto em o ajudar a observar o outro lado da questão.Paulo Gomes

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