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Reorganização das urgências contestada em Torres Novas

A proposta de reorganização dos serviços de urgências hospitalares, que se encontra em discussão pública até final de Outubro, está a merecer duras críticas por parte das estruturas do PSD e da CDU de Torres Novas. Caso seja aprovada a proposta do Ministério da Saúde, a partir do primeiro trimestre de 2007 o Hospital Rainha Santa Isabel passará a funcionar com um Serviço de Urgência Básica. Assegurado por pelo menos dois médicos e dois enfermeiros em permanência, o serviço deverá garantir a realização de pequenas cirurgias bem como de electrocardiogramas e radiografias simples e a estabilização de doentes vítimas de traumatismos. PSD e CDU não vêem com bons olhos este panorama e alertam para a necessidade da autarquia, em conjunto com a população, se movimentar contra as intenções governamentais que prevêem a centralização em Abrantes da Urgência Médico-Cirúrgica.A proximidade de Torres Novas à A1, a centralidade do hospital face a outras unidades de saúde, que permite uma maior rapidez na deslocação de doentes para outros hospitais, como Lisboa e Coimbra, e o facto do hospital de Torres Novas servir uma “densidade populacional muito vasta” são argumentos aduzidos pelo PSD. O PSD exige à Câmara de Torres Novas uma tomada de posição que “defenda políticas de interesse comum, como é o caso desta valência”. Uma imposição reiterada igualmente pela CDU, que apela para que a maioria socialista “dispa as vestes partidárias e olhe pelos direitos da população”.Assumindo-se “frontalmente contra” a proposta de reorganização dos serviços de urgências hospitalares, que considera estar a colocar em causa o direito à saúde das populações, a CDU defende que o Centro Hospitalar do Médio Tejo (que agrega os hospitais de Torres Novas, Tomar e Abrantes) deveria ser considerado como um todo, funcionando apenas com um Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica. Ou seja, as urgências devem ser distribuídas pelos diferentes hospitais, consoante as valências que possuem, respeitando o princípio da articulação entre as três unidades. Como exemplo referem que uma urgência de oftalmologia deverá seguir para Tomar, que detém essa valência, enquanto uma urgência de maternidade deverá ser encaminhada para Abrantes e uma urgência em cardiologia para Torres Novas. Uma alternativa à proposta que se encontra em discussão pública e que, segundo a CDU, poderá funcionar com o quadro de pessoal existente: “Se os médicos estiverem centralizados é mais fácil suprir a falta de pessoal, do que se andarem espalhados pelos três hospitais”, defende José Vaz Teixeira.A CDU considera que deve ser o conselho de administração do Centro Hospitalar a organizar as urgências de acordo com as valências existentes nas três unidades, de forma a rentabilizar recursos técnicos e humanos: “Não faz sentido encaminhar um doente de cardiologia para a urgência de Abrantes, quando no dia seguinte tem de voltar a Torres Novas, porque é nessa unidade que está sediado o serviço de cardiologia”, exemplifica José Vaz Teixeira. A CDU apela à população para que “não se cale e faça valer os seus direitos”, porque “as coisas não são tão simples como parecem e os princípios subjacentes a essa proposta não têm de ser aceites”.

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