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Sucessão de acontecimentos invulgares

Na madrugada de 27 de Setembro último um fogo de origem desconhecida consumiu parte da viatura do socialista Paulo Espírito Santo, membro da Assembleia Municipal de Alpiarça. Que se queixou também de ter recebido nos últimos tempos ameaças de morte no seu telemóvel. Os acontecimentos estranhos envolvendo a Câmara de Alpiarça nos últimos anos não se ficam por aqui. Em 25 de Fevereiro de 2004 funcionários do município ao chegarem ao trabalho detectaram que as instalações tinham sido alvo de um assalto. O cofre da tesouraria, de grandes dimensões, tinha desaparecido. Na altura a GNR apelidou o caso de estranho e disse suspeitar que o assalto tenha sido feito por pessoas que conheciam bem os paços do concelho. Os ladrões arrancaram a passadeira da entrada do edifício e usaram-na para arrastar o cofre até à rua, onde terá sido carregado numa viatura. Até hoje a autarquia, além de dinheiro, de cheques em branco e de uma garantia bancária da funcionária da tesouraria, nunca informou que outro tipo de documentos poderiam estar dentro do cofre.Outro caso polémico foi o das suspeitas de acessos a site pornográficos e pedófilos a partir de computadores do município. O funcionário Ricardo Vaz denunciou o facto em 28 de Outubro de 2002 depois de ter sido chamado para resolver problemas em alguns equipamentos informáticos. O trabalhador foi sujeito a um processo disciplinar que lhe aplicou uma pena de inactividade pelo período de 12 meses sem vencimento. Ricardo Vaz recorreu da decisão para o Tribunal Administrativo de Leiria. Que em sentença proferida a 19 de Julho de 2004 confirmou que a peritagem aos computadores só foi feita quase um ano após o início das investigações e que isso prejudicou os resultados das mesmas. Em Outubro do mesmo ano a autarquia decidiu demitir o funcionário com base numa carta que este enviou ao presidente da câmara, Joaquim Rosa do Céu (PS). Na qual lamentava a forma como foi conduzido o processo disciplinar relativo à denúncia do uso dos computadores do município para aceder a páginas pornográficas. E acusou o presidente de estar “obcecado com a ideia de” o “pôr na rua”. Ricardo Vaz recorreu da decisão da autarquia de o demitir. O caso ainda decorre na justiça.

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