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Avião aterra em Santarém com bomba a bordo

Avião aterra em Santarém com bomba a bordo

Equipas de inactivação de explosivos treinam no aeródromo

Seis equipas de inactivação de explosivos dos destacamentos da GNR do Ribatejo, Algarve e Alentejo testaram a capacidade de intervenção em caso de ameaça de bomba em aviões.

Passava das duas e meia da tarde de quarta-feira, 18 de Outubro, quando a torre de controlo do aeródromo de Santarém recebe a comunicação do piloto de um avião informando que havia uma bomba a bordo. Alertada a GNR iniciaram-se os procedimentos de segurança. O avião aterrou na pista e o piloto imediatamente fugiu para uma zona segura. As equipas de inactivação de engenhos explosivos começam então o ritual de retirada dos explosivos e sua detonação controlada. Primeiro os guardas falam com o piloto e com Mário Santos que recebeu o alerta no aeródromo. Os veículos carregados de malas com equipamentos avançam para a pista. Param a uma distância considerada segura. A equipa cinotécnica avança com um cão. Depois de farejar o interior do aparelho senta-se. É o sinal de confirmação das suspeitas. O primeiro-sargento João Maroco começa a vestir o pesado fato verde com placas de um material especial que amortece o impacto em caso de explosão. “É preciso preparação física para se aguentar o peso do fato”, comenta o primeiro-sargento que é chefe de equipa de inactivação de explosivos. Todos os dias tem que fazer exercícios para se adaptar e aguentar os 35 quilos das calças, casaco e capacete, que depois de vestidos com a ajuda de outro elemento parece um fato de astronauta. Entretanto já tinha sido montado um sistema electrónico denominado inibidor de frequências. Que corta o sinal de todas as comunicações, telemóvel ou rádio, de modo a que a bomba não possa ser accionada por esses meios. João Maroco avança depois para o avião. Com uma vara metálica com uma tenaz na ponta accionada através de um comando electrónico, o militar retira o embrulho explosivo do interior do avião sem ter que entrar no seu interior. E deposita-o a uns metros do aparelho. Depois vai à carrinha do equipamento buscar um rolo de fio que vai desenrolando até ao embrulho. Liga-o a um aparelho com um tubo, que aproxima dos explosivos. É ele que vai detonar a bomba através de um jacto de água.“Fogo!”, grita três vezes outro militar depois de receber a ordem para detonar o pacote. Liga com uma chave o aparelho e ouve-se uma pequena explosão e fumo negro. A missão está concluída. E serviu para treinar a operacionalidade das equipas de inactivação de explosivos. O chefe do centro de coordenação de inactivação de explosivos da GNR, tenente Hélder Barros, explicou que estes exercícios servem também para avaliar as capacidades técnicas dos guardas. Acrescenta que grande parte do trabalho das equipas é de prevenção. Por exemplo em espectáculos e grandes iniciativas. “Somos a garantia de que as actividades podem decorrer com normalidade”, sublinhou.
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