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Teatro de Bernardo Santareno sobe ao palco em Santarém

Obra do dramaturgo em foco na cidade em que nasceu
O dramaturgo Bernardo Santareno vai ser a estrela maior nos palcos do concelho de Santarém durante o mês de Novembro, que marca o início das actividades do instituto municipal para promover a sua obra. O programa abre já sexta-feira, 3 de Novembro, com uma conferência do dramaturgo e historiador de teatro Luís Francisco Rebello sob o mote “Santareno entre o Céu e o Inferno”. Decorre no Teatro Sá da Bandeira pelas 21h30. Na mesma altura e no mesmo local será inaugurada uma exposição sobre a vida de Bernardo Santareno, pseudónimo do médico António Martinho do Rosário, que nasceu em Santarém em 1920 tendo falecido em Lisboa em 1980.Estas são as primeiras iniciativas visíveis do novo Instituto Bernardo Santareno, criado pelo actual executivo municipal "com o objectivo central de promover, nacional e internacionalmente, a sua obra". Durante o mês de Novembro vão ser organizados vários eventos, entre os quais a apresentação no dia 27 do novo "Prémio Nacional de Teatro Bernardo Santareno", no valor de 12.500 euros, destinado a novas revelações.Nos dias 9 e 10 de Novembro, está marcada a estreia nacional da peça " Ódio", peça original de Jorge Humberto Pereira que foi o vencedor do "Prémio Bernardo Santareno Jovens Dramaturgos/2005" da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA). Esta peça será interpretada pela actriz Fernanda Lapa e encenada pela companhia Escola de Mulheres no Teatro Sá da Bandeira.Para dia 19 está prevista a realização de uma gala evocativa com bailado e concertos de música. Nos dois últimos dias do mês, a peça do dramaturgo "A Confissão" será encenada pelo Centro Dramático Bernardo Santareno, no Teatro Sá da Bandeira.Da carreira de Bernardo Santareno fazem parte obras como "A Promessa", "O Bailarino", "A Excomungada", "O Lugre", "O crime da aldeia velha", "António Marinheiro", "Os anjos e o sangue", "O duelo", "O pecado de João Agonia", "Irmã Natividade" ou "Anunciação".Mas são as peças "O Judeu", "O Inferno" e "A traição do Padre Martinho" que o elevam à categoria de maior dramaturgo português do século XX e lhe criam problemas com a censura do Estado Novo. Depois da revolução de Abril, o autor publicou ainda "os Marginais e a Revolução", mas não viu editada a sua última peça, "O Punho", que só posteriormente foi recuperada.

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