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“Ainda não estou arrumado para o atletismo”

Paulo Guerra voltou aos triunfos
Cansado mas satisfeito. Era este o sentimento do categorizado Paulo Guerra, que já foi campeão da Europa de cross, mas passou por grandes problemas nos últimos quatro anos e saiu algo ingloriamente do Maratona, o seu clube durante doze anos.Por isso no final da prova não se conteve e emocionado quis dedicar a sua vitória aos responsáveis da Conforlimpa. “Esta primeira vitória oficial com a camisola da Conforlimpa é um prémio para os responsáveis da equipa que confiaram em mim e me deram um grande apoio, ao contrário do outro clube onde corri durante doze anos e a quem dei grandes vitórias”, disse com emoção.Não há dúvida de que a vitória em Almeirim mexeu com o brio de Paulo Guerra, que garantiu que o triunfo o tocou muito. “Apesar de ter 22 anos de atletismo, ainda sou uma pessoa que vivo cada momento com emoção e há marcos que me deixam muito sensibilizado e marcam muito a minha carreira. A vitória de hoje de certeza que vai ser um desses marcos”, disse.“Foi também uma vitória para provar que ainda não estou arrumado para o atletismo. Enquanto eu treinar todos os dias e me sentir bem, garanto que vão ter que continuar a contar com o Paulo Guerra, e corro sempre para ganhar. Ainda hoje podia ter controlado melhor, mas o meu espírito é o de correr com prazer e dar tudo o que o tenho para dar, por isso acabei muito desgastado mas com uma enorme satisfação por ter ganho aqui na sede do meu clube”, garantiu.Organização agastadacom a FederaçãoA corrida de Almeirim é uma das melhores e mais prestigiadas provas de estrada do atletismo português. Por isso, e segundo o dirigente da Associação 20 kms de Almeirim, Gabriel Duarte, merecia mais respeito por parte da Federação Portuguesa de Atletismo. É que a prova foi prejudicada pelo facto de ter sido marcada para o mesmo dia a Meia Maratona do Algarve, corrida em simultâneo com o Campeonato da Europa de Estrada, o que fez com que os grandes nomes do atletismo português não pudessem estar presentes.“Não fomos prejudicados no número de atletas, mas não tivemos os grandes nomes que habitualmente nos visitam. Não compreendo bem como é que a Federação Portuguesa de Atletismo permite que estas situações venham a acontecer, realizando duas provas oficiais no mesmo fim-de-semana, e como no Algarve havia prémios muito superiores aos nossos é claro que houve opções normais dos atletas. Mas não é normal que a federação marque duas provas de grau nacional para os mesmos dias, foi uma facada nas costas de quem tem ao longo dos anos feito tudo para não deixar morrer o atletismo nesta região”, referiu agastado Gabriel Duarte.

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