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Agrotejo ajudou a mudar a agricultura do norte do Vale do Tejo

Agrotejo ajudou a mudar a agricultura do norte do Vale do Tejo

Associação comemora 20 anos de vida e de mudanças na lavoura
Em duas décadas muita coisa mudou e os agricultores da zona da Golegã, Chamusca e mais recentemente Torres Novas e Alpiarça conseguiram enfrentar os desafios com o apoio da Agrotejo - União Agrícola do Norte do Vale do Tejo.A Agrotejo não se limitou a ser uma associação de agricultores apenas para formar e informar os homens da terra. Em 20 anos de existência, que agora se estão a comemorar, interveio na estrutura agrícola, no desenvolvimento, na despoluição, na adaptação da lavoura aos novos tempos e ao futuro. E muita coisa mudou, desde as técnicas aos tipos de cultura. O seu raio de intervenção estendeu-se da Golegã, onde nasceu e está sedeada, e da Chamusca, aos concelhos de Alpiarça e Torres Novas. Foi em Maio de 1986 que se deu o primeiro passo para a criação da Agrotejo com uma reunião de 600 agricultores na Golegã. O objectivo era enfrentar a entrada de Portugal na Comunidade Europeia através do associativismo. Nessa altura inscreveram-se logo 300 pessoas. Há seis anos chegaram a ser 1200 mas no ano passado os agricultores no activo inscritos na associação desceram para 600. É o reflexo das mudanças no sector, do abandono dos campos. “Prevemos que nos próximos cinco anos estejamos reduzidos a 30 por cento”, perspectiva o presidente da Agrotejo, Alfredo Orvalho. Tal como tem acontecido nas últimas duas décadas, a associação já está a estudar a forma de poder ajudar os futuros agricultores. Ou não tivesse a Agrotejo – União Agrícola do Norte do Vale do Tejo uma história de sucessos. Um ano após ter nascido sentiu a necessidade de criar um braço comercial. E fomentou a formação da Agromais – Entreposto Comercial, em Riachos (Torres Novas), que se tornou autónoma e hoje é o garante do escoamento dos produtos da região. Além de dar apoio técnico aos agricultores. Na altura a grande preocupação era a comercialização de cereais, essencialmente milho. Que tem vindo a perder peso com a introdução de novas culturas, como a batata, a cebola, os pimentos, os brócolos, o tomate. Hoje a zona é a principal fornecedora de batata para a indústria. A isso Alfredo Orvalho chama preparar o futuro, apostar em novas culturas mais rentáveis, manter viva a lavoura da zona. Em 20 anos a forma de fazer agricultura mudou muito. Apostou-se na redução dos pesticidas, na qualidade, a mecanização cresceu rapidamente, o que levou à criação de uma empresa dedicada exclusivamente aos factores de produção (aluguer de máquinas, fornecimentos de produtos), detida na totalidade pela Agromais. Mas também se alteraram as exigências e a burocracia para quem produz. Com a Política Agrícola Comum (PAC), as associações tornaram-se centros administrativos para descodificar a imensa informação que anualmente é produzida, as políticas, as leis…A Agrotejo desenvolveu também projectos que mudaram a zona e deixaram uma marca no território. Como a limpeza do rio Almonda e a construção da ponte do Cação em Azinhaga (Golegã) que veio facilitar o acesso às propriedades e o mais rápido escoamento das produções. “A Agrotejo sempre se preocupou com os problemas da região. Interveio muitas vezes em defesa do Tejo, na defesa do ambiente, porque não há ambiente sem agricultores. Hoje os campos estão mais arrumados, mais limpos”, conclui Alfredo Orvalho.
Agrotejo ajudou a mudar a agricultura do norte do Vale do Tejo

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