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E. Lecrerc depende de emissão de Alvará

E. Lecrerc depende de emissão de Alvará

Em causa está a ampliação do hipermercado e infraestruturas desportivas

A construção de infra-estruturas desportivas no Entroncamento e a ampliação do hipermercado E. Leclerc estão dependentes de um pedido de emissão de alvará por parte de um loteador, com o qual foi feito um protocolo que termina em Dezembro deste ano.

A ampliação do hipermercado E. Leclerc, no Entroncamento, está condicionada a um acordo entre várias partes que termina em Dezembro deste ano. Se até lá o processo administrativo não se resolver o negócio entre a câmara, um construtor e a grande superfície fica sem efeito.Para que o acordo se concretize e o município possa vir a ganhar dois campos de relva artificial e novos balneários no parque desportivo da cidade é preciso que o construtor solicite à câmara até 9 de Dezembro a emissão do alvará do loteamento a erguer na cidade, aprovado em Abril de 2003. Após essa data a autarquia “sentir-se-á desobrigada” de cumprir o protocolo. Pondo em causa a ampliação do hipermercado.O negócio, formalizado através de um protocolo celebrado em 22 de Agosto de 2005, é complexo e passa por cedências de terrenos e contrapartidas em espécie. Após a emissão do alvará de loteamento, os proprietários do loteamento - F. Silva & Gonçalves Lda e F. Branco, Gestão de empreendimentos Lda - irão transferir para a posse da Câmara do Entroncamento uma parcela de terreno de 20 mil metros quadrados, para equipamentos (a área de transferência é calculada de acordo com o volume de construção previsto).Um terreno que posteriormente o município irá ceder à Duridis, uma imobiliária da Troncadis - a sociedade de distribuição proprietária do hipermercado E. Leclerc. Como contrapartida a esta cedência, a Gestelec (empresa também do universo da Troncadis, responsável pela gestão dos seus investimentos), irá construir dois campos de relva artificial no parque desportivo da cidade, no valor total de 750 mil euros.Francisco Silva, um dos loteadores, referiu ao nosso jornal que a única situação que está actualmente a atrasar o pedido de emissão de alvará é a realização de uma escritura. “Negociei com Fernando Branco a compra da parte dele no loteamento mas, devido ao facto de ele se encontrar doente, ainda não foi feita a escritura”, refere Francisco Silva.O construtor está convicto que a situação será desbloqueada até à data imposta pelo município. “Esta semana vamos já pedir a emissão do loteamento sul, que não tem esse tipo de problemas, e esperamos que a questão do loteamento norte, junto ao Leclerc, fique resolvida em breve”. Para este loteamento o custo do alvará é superior a meio milhão de euros e o construtor terá ainda de dar uma garantia bancária no valor de 2,5 milhões de euros.As obras de ampliação do hipermercado irão incidir apenas em 3.500 metros quadros dos 20 mil metros que lhe vão ser disponibilizados. Isto porque o actual Plano Director Municipal (PDM) prevê essa área como o limite máximo de construção naquela zona, destinada a comércio e serviços.Mas há ainda outra vertente do negócio. É que numa parte da área prevista para a futura ampliação do hipermercado está uma estrada provisória, construída pela autarquia para possibilitar o acesso dos camiões aquando da edificação do E. Leclerc.E o hipermercado irá também “pagar” em espécie a transferência dessa estrada para a sua posse, construindo balneários modulares no mesmo parque desportivo municipal, até ao valor total de 375 mil euros.Margarida Cabeleira
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