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Espólio de núcleos museológicos passa da CP para Fundação do Museu Nacional Ferroviário

Espólio de núcleos museológicos passa da CP para Fundação do Museu Nacional Ferroviário

Protocolo a assinar dia 7, em Lisboa, inclui material do núcleo de Santarém
O espólio da CP que integra o Núcleo Museológico de Santarém vai ser transferido para a alçada da Fundação do Museu Nacional Ferroviário (MNF), sedeada no Entroncamento. O protocolo vai ser assinado dia 7, às 11h30, no comboio museu da Doca de Alcântara, em Lisboa. Para além do espólio de Santarém a Fundação recebe na mesma altura os espólios dos núcleos de Lousado, Macinhata do Vouga e Bragança. O presidente da Fundação do MNF considera importante e natural o passo que vai ser dado. “Trata-se da consolidação de um dos objectivos do Museu Nacional Ferroviário”, disse a MIRANTE. Segundo Carlos Frazão a CP está a fazer o inventário do material que está exposto nos quatro núcleos museológicos, que será remetido ao Museu para ser conferido antes da assinatura do protocolo. Aos quatro núcleos incluídos no protocolo, devem juntar-se no futuro os restantes existentes no país: Arco de Baúlhe, Chaves, Estremoz, Lagos e Valença. O Museu Nacional Ferroviário, com sede no Entroncamento, está negociações com as autarquias sede dos núcleos museológicos de modo a que estas passem a assegurar a abertura dos mesmos ao público bem como a limpeza e vigilância das instalações. “Os núcleos museológicos integram os roteiros culturais das câmaras. É natural que estejam abertos ao grande público em horários acessíveis e não apenas por marcação, como acontece agora, nomeadamente em Santarém”, explica Carlos Frazão.Contactado por O MIRANTE o presidente da Câmara de Santarém diz que só se irá pronunciar sobre o assunto depois de chegar a acordo com a Fundação Museu Nacional Ferroviário. O MIRANTE contactou também o gabinete de imprensa e relações públicas da CP para tentar obter mais esclarecimentos sobre o assunto, nomeadamente qual será o futuro do gabinete de história e museologia da empresa que até agora tem feito a gestão dos núcleos museológicos, mas não recebeu qualquer resposta até ao fecho desta edição. O acordo entre a CP e FMNF surge no momento em que se comemoram os 150 anos do Caminho-de-Ferro em Portugal. Celebração na qual o núcleo museológico de Santarém se associa estando aberto às terças-feiras e com entradas gratuitas para visitantes. Nos restantes dias apenas se mantêm as visitas por marcação. As visitas ao núcleo museológico de Santarém recomeçaram em 5 de Abril de 2005, sujeitas a marcação prévia, após um encerramento de três anos para ser recuperado. (ver edição O MIRANTE 14 Abril 2005). Dados do Gabinete de História e Museologia da CP indicam que aquele espaço contíguo à estação da CP foi visitado por 487 pessoas em 2005. O museu foi inaugurado a 5 de Outubro de 1979.Noutros locais da região clubes e autarquias organizaram iniciativas próprias. Até 1 de Novembro e a Associação de Amigos do Museu Nacional Ferroviário e a Câmara do Entroncamento, organizam, no centro cultural, uma exposição de fotografia que retrata a evolução do caminho-de-ferro.Também no pavilhão municipal do Entroncamento, a 23 de Outubro, uma maqueta de comboios com mais de 90 metros atraiu centenas de pessoas no âmbito das comemorações.Em Vila Franca de Xira a autarquia local e o Clube de Entusiastas do Caminho-de-ferro organizam até 12 de Novembro a exposição sobre os 150 anos do Caminho-de-ferro em Portugal” com mostra de material diverso. No passado sábado, uma circulação especial do comboio histórico da Linha do Douro viajou desde a Régua e efectuou o trajecto Azambuja – Estação do Oriente, contribuindo para o “baptismo a vapor” de um grupo de crianças de escolas de Azambuja, Alenquer e Vila Franca de Xira.Ricardo Carreira
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