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Lotes comprados por preço cinco vezes superior ao que tinham custado

No negócio da compra dos lotes da zona industrial, o MP apurou que Rosa do Céu foi um dos sócios fundadores da empresa que tinha a propriedade dos terrenos, a Concene. E que este renunciou à gerência em Janeiro de 1998, altura em que tomou posse como presidente da câmara, tendo também transmitido as quotas ao seu pai, Manuel Miranda do Céu. Recorde-se que, como noticiou O MIRANTE em 27-02-2003, a autarquia comprou os lotes 116 a 119 por 275 mil euros, um preço cinco vezes superior ao tinha custado à empresa do pai do presidente. Os terrenos com cerca de 13 mil metros quadrados, tinham sido vendidos inicialmente pelo município em Abril de 1999 à Eurosinc por perto de 40.000 euros. Seis meses depois esta empresa vendeu os espaços à Concene, gerida pelo pai do presidente da câmara, por 50.000 euros. Em Dezembro de 2002 a edilidade comprou os lotes e os pavilhões ali instalados.O processo relacionado com estes lotes remonta a 1993. Ano em que a empresa Eurosinc se instala nos terrenos, com autorização da autarquia, sem escritura da posse dos lotes. E sem a própria câmara, na altura gerida pela CDU, ter os terrenos em seu nome para os poder disponibilizar às empresas. Os terrenos só foram formalmente vendidos em Abril de 1999, já com Rosa do Céu à frente do executivo. A câmara comprou os terrenos ao pai do presidente para ceder um espaço para a multinacional de lacticínios Renoldy, que instalou a fábrica Celta no local.Em 25 de Dezembro de 2003, O MIRANTE noticiou que a Inspecção-Geral da Administração do Território (IGAT) encontrou “indícios de natureza criminal” na inspecção ordinária ao município, que teve lugar entre Janeiro e Março de 2003 e incidiu sobre o mandato de 1998 a 2001.

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