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Mais longe das urgências

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Câmaras de Coruche e Benavente contra criação de um Serviço de Urgência Básico no Biscainho

A Câmara de Coruche considera “pouco interessante” a criação de um Serviço de Urgência Básico no Biscainho se isso significar perder o atendimento permanente no centro de saúde da vila.

A Câmara de Coruche reivindica a continuidade do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) no centro de saúde da vila, mesmo que vá em frente a ideia de construir um serviço de urgência básico na freguesia do Biscainho.O líder do município, Dionísio Mendes (PS), considera “pouco interessante” para o concelho que a criação do novo Serviço de Urgência Básico (SUB) previsto para o Biscainho implique a perda do SAP 24 horas na sede de concelho.A posição foi manifestada na reunião do executivo municipal de 18 de Outubro, após o autarca já ter referido a O MIRANTE (ver edição de 11 Outubro 2006) que a prioridade seria manter as urgências em Coruche, no edifício actual ou noutro a construir. A proposta constante do relatório da comissão técnica de apoio ao processo de requalificação da Rede de Urgência Geral pressupõe, no entender do autarca, que a criação de um novo edifício na zona do Biscainho - para servir os concelhos de Coruche, Salvaterra de Magos e Benavente - faça com que o Centro de Saúde de Coruche fique apenas com uma valência para consultas com médico de família, das 09h00 às 17h00.“Neste cenário cerca de 80 por cento da população do concelho irá ficar mais longe das urgências do que está hoje. As pessoas do Couço, Coruche, Lamarosa, Erra e Santana do Mato vão ter de percorrer mais 15 a 20 quilómetros, enquanto Biscainho, Fajarda e Branca ficam mais perto”, exemplificou Dionísio Mendes. Por parte de Benavente refere-se que essa solução implica também ficar mais longe das urgências médico-cirúrgicas do Hospital de Vila Franca de Xira. Da Câmara de Salvaterra de Magos não se conheceu posição até ao fecho desta edição. “Esta proposta aponta os mesmos caminhos que uma efectuada em 2000 e que já previa o encerramento do atendimento permanente do centro de saúde. Por exemplo, a população de Samora Correia teria que se deslocar 30 quilómetros ao Biscainho para aceder às urgências, afastando-se das urgências médico-cirurgicas do Hospital de Vila Franca”, exemplifica o vice-presidente da Câmara de Benavente, Carlos Coutinho. O autarca de Benavente entende que o ponto mais central entre os três concelhos e as urgências do Hospital de Vila Franca fica no seu concelho, mas afirma-se disposto a escutar outras soluções em conjunto com os autarcas dos concelhos vizinhos.Ricardo Carreira
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