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Obras causam danos nos prédios vizinhos

Obras causam danos nos prédios vizinhos

Construção do auto-silo para estacionamento na Póvoa de Santa Iria

Os moradores vizinhos da obra do futuro auto-silo da Póvoa reclamam prejuízos alegadamente causados pela abertura do “buraco gigante”.

As obras para a construção do auto-silo na quinta da Piedade, na Póvoa de Santa Iria, provocaram várias fissuras nos prédios vizinhos. Os moradores estão preocupados com a falta de segurança e querem saber quem se responsabiliza pelos danos já causados. No rés-do-chão do lote 10 da rua Padre Manuel Duarte, as rachas multiplicam-se. Desde os quartos às casas de banho passando pela cozinha não há uma única divisão da casa de Joaquim Almeida que não apresente fissuras provocadas pelos trabalhos nas traseiras do prédio. “Quem é que se vai responsabilizar por isto?”, questiona o morador, que frisa o facto de a casa ter sido pintada há pouco tempo e não ter dúvidas que as rachas foram todas provocadas pelas obras. As arrecadações dos prédios também não escaparam e em algumas as rachas têm mais de dois centímetros. Cláudio Lopes, administrador do lote 12, já documentou fotograficamente todos os estragos para exigir responsabilidades. A profundidade do buraco aberto para a construção do auto-silo, que vai ter capacidade para 300 lugares de estacionamento, também preocupa os moradores. Cláudio Lopes receia que esteja a “tirar o suporte às fundações dos prédios” e teme pela segurança dos moradores. Luís Ferreira partilha desta preocupação, sublinhando “o buraco está mais fundo que os alicerces dos prédios. Isto é um perigo”. A precipitação dos últimos dias já provocou alguns deslizamentos de terras que diminuíram ainda mais a distância entre o buraco e os prédios que nalguns casos tem pouco mais de uma metro e meio. Os moradores questionam a segurança da obra, defendendo que não foram feitos os devidos estudos para salvaguardar os prédios. A preocupação levou António Silva a agir tendo enviado, na semana passada, dois faxes para a Protecção Civil e para a Câmara de Vila Franca a alertar para a situação. Contactada por O MIRANTE, a Câmara Municipal de Vila Franca informou que já articulou com o promotor da intervenção a necessidade de “desenvolver uma contenção periférica da área”. O objectivo é evitar que as obras interfiram nos prédios e criem novas situações.Sobre os estragos já registados a autarquia adianta que o promotor, a empresa Quinta da Piedade – Imóveis e Construção, irá verificar as reclamações “procedendo, se for caso disso, à sua correcção”.
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