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Políticos unidos contra a reorganização da rede de urgências no Médio Tejo

Políticos unidos contra a reorganização da rede de urgências no Médio Tejo

Apenas o executivo de Abrantes deu parecer favorável

Os autarcas do Ribatejo Norte querem que seja o Centro Hospitalar do Médio Tejo a gerir a rede de urgências da região. O município de Abrantes é o único a concordar com a proposta apresentada pelo Governo.

A esmagadora maioria das autarquias do Médio Tejo rejeita a proposta de reorganização da rede de urgências apresentada pelo Governo, cuja consulta pública terminou terça-feira. Considera que as urgências médico-cirúrgicas não devem ficar instaladas num só hospital dos três que compõem o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT), exigindo que o ministro respeite o princípio da especialização de cada hospital e das respectivas valências.As reivindicações, aprovadas por alguns executivos e assembleias dos municípios do Médio Tejo nas últimas semanas (apenas o executivo de Abrantes afirma concordar com a reestruturação apresentada pelo Ministério da Saúde), bem como pela assembleia da Comunidade Urbana do Médio Tejo no sábado, têm por base a proposta aprovada pela Câmara Municipal de Torres Novas em 24 de Outubro.As autarquias defendem que o CHMT seja considerado como uma urgência médico-cirúrgica na rede de serviços de urgências e não se revêem minimamente na proposta do Governo. Dizem que a mesma não tem em conta a existência de três hospitais integrados num centro hospitalar mas sim a existência de três hospitais autónomos no Médio Tejo. Os autarcas apontam várias “falhas” na proposta apresentada pelo ministro, nomeadamente no que diz respeito a dados estatísticos, como número de habitantes abrangidos pelo Centro Hospitalar do Médio Tejo. Referem que o documento foi elaborado com base em dados de 1998, não reflectindo a realidade dos factos, à data de hoje.Exigem que seja a administração do CHMT a fazer a gestão da rede do serviço de urgências, em função das já existentes nos três hospitais, Admitindo ainda que “nenhuma das três unidades tem condições para assumir sozinha o serviço de urgência médico-cirúrgica”.Contrariando a “divisão” apresentada pela comissão técnica de acompanhamento, os autarcas pretendem, pelo contrário, uma maior interligação entre as três unidades. Nomeadamente através de uma eficaz e eficiente rede de transportes, que possibilite um socorro mais rápido e maior mobilidade inter-hospitais. As posições dos políticos da região já foram enviadas ao ministro da Saúde.O que mudaráA proposta de reorganização das urgências hospitalares, tal como o Governo propõe, vai causar transformações significativas no funcionamento desse serviço no Centro Hospitalar do Médio Tejo, especialmente nas unidades de Torres Novas e Tomar, que passarão a ter a designação de Serviço de Urgências Básico.A principal alteração diz respeito às cirurgias de urgência geral, que deixarão de ser asseguradas por estes dois hospitais. Actualmente, até à meia-noite, para além das pequenas cirurgias, o serviço está habilitado a proceder a cirurgias urgentes de maior gravidade, como apendicites, hérnias estranguladas, crises de intestinos ou vesícula. Caso a proposta do Ministério da Saúde seja implementada, todas essas cirurgias serão realizadas no hospital de Abrantes, ao qual será atribuída a categoria de Serviço de Urgência Médico – Cirúrgica (SUMC).
Políticos unidos contra a reorganização da rede de urgências no Médio Tejo

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