uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Comprar a crédito nas lojas sai mais caro que pedir empréstimo

Segundo estudo da DECO
Um estudo da DECO revela que comprar a crédito nas lojas é prático mas sai mais caro do que pedir um empréstimo no banco, pelo que os consumidores são aconselhados a consultar várias opções de financiamento.A pouco mais de um mês do Natal, a Associação de Defesa do Consumidor ( DECO) publica na revista de Novembro da Dinheiro & Direitos um estudo a sete lojas de electrodomésticos e a 19 bancos. De acordo com o estudo, uma ida ao banco para comparar várias opções de financiamento pode valer uma poupança de algumas centenas de euros.Contudo, quem recorrer às linhas de financiamento das lojas, concedidas por sociedades financeiras para aquisição a crédito, em princípio, gasta mais do que se pedir um crédito com penhor ao banco. Além disso, acrescenta a DECO, a maioria das lojas esconde dos clientes as verdadeiras condições como a TAEG (Taxa anual efectiva global) e os seguros.A TAEG é obrigatória em qualquer crédito e permite ao consumidor comparar diversas propostas uma vez que reflecte o custo total do crédito. Segundo a DECO, quanto mais baixa for a TAEG mais barato é o empréstimo.Das sete lojas visitadas, acrescenta o estudo, apenas a FNAC e a Rádio Popular divulgou as condições, mas mesmo assim "enganaram-se nos valores com prejuízo para o consumidor". A simulação do crédito deve ainda discriminar todos os custos, essenciais para confirmar a TAEG.De acordo com o estudo, nas lojas onde era cobrada a comissão de abertura foi sempre indicado o valor, excepto no Carrefour, onde só o fornecem quando o cliente avança com o crédito.Algumas instituições de crédito exigem um seguro de vida que, segundo a revista Dinheiro & Direitos, é injustificado para empréstimos de baixo valor uma vez que eleva o custo. A revista refere ainda que, por exemplo, para um empréstimo de 1.500 euros a 24 meses, o crédito com penhor no Banco BPI e com uma taxa variável é a melhor opção. Mas se o consumidor optar pelo saldo de crédito da conta-ordenado, a melhor classificação pertence à Caixa Geral de Depósitos.Já no que respeita aos cartões de crédito, a revista revela que o Santander Visa Light é o mais barato. Regra geral, adianta, o crédito pessoal só é vantajoso a partir de 3.500 euros. A titulo de exemplo, é referido que para cinco mil euros a 24 meses o Barclays Bank é o banco com a TAEG mais baixa (14,04 por cento) e que num empréstimo de 1.500 euros a 24 meses mesmo considerando o banco mais barato, o Montepio Geral, a TAEG é de 17,54 por cento.A DECO alerta também os consumidores para a necessidade de guardarem as facturas e os recibos das compras durante, pelo menos, dois anos. Se surgirem avarias ou problemas nesse período, explica, o consumidor pode exigir a reparação, substituição, redução do preço ou a devolução do dinheiro junto do vendedor, consoante o que for mais apropriado.A associação aconselha que sempre que houver motivo para reclamar o melhor é ir à loja onde o produto foi comprado e tentar resolver o problema pela via do diálogo. Caso o vendedor se mostre irredutível deve ser feita uma reclamação por escrito com carta registada e com aviso de recepção na qual deverá exigir resposta num prazo de dez dias úteis.Por outro lado, se na compra do produto, for dada garantia superior a dois anos o consumidor deve pedir um comprovativo.

Mais Notícias

    A carregar...