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A importância da Escola Superior de Desporto

Quando saiu da Direcção Geral dos Desportos começou a dar aulas em Rio Maior, onde conheceu o actual presidente da câmara, Silvino Sequeira. Foi por isso que mais tarde foi convidado para a Desmor?Vim para Rio Maior juntamente com o professor Luís Guedes, que é hoje o delegado distrital do IDP (Instituto do Desporto de Portugal). Fomos colocados aqui em 1979, nuns pré-fabricados onde está agora o centro de estágio e que era a Escola Secundária de Rio Maior. O dr. Silvino Sequeira era o presidente do conselho directivo da escola e queria fixar professores. Havia condições para a prática desportiva?Havia um polidesportivo e havia o pavilhão da casa do povo. Mas não foi por isso que deixámos de fazer coisas interessantíssimas. Fizemos abordagens à luta greco-romana na relva, que era o espaço que havia com mais condições. A primeira incursão no âmbito do desporto aventura foi feita por nós com uma acção de canoagem em Castelo de Bode. No ano seguinte fomos para o Covão da Ametade, na Serra da Estrela. Estamos a falar de 79-80 e eram situações pioneiras.Foi algo que lhe marcou a formação como docente?Sim. E quando fui para director do departamento de desporto do Inatel, em 1992, o desporto-aventura foi o grande projecto que quis implementar. Quando estive na Escola Secundária Sá da Bandeira, onde ainda sou professor efectivo, também foi uma das minhas grandes ambições. Ainda hoje a Escola Sá da Bandeira tem um conjunto de material no âmbito do desporto-aventura ímpar, precisamente pelas dinâmicas implementadas nessa altura.Essas experiências em Rio Maior foram o embrião do que hoje é a chamada “Capital do Desporto”?Não é justo chamar-lhe embrião. Houve aqui um homem determinante em tudo isto chamado Silvino Sequeira. Nós acabámos por corresponder às expectativas que ele tinha de fixação de professores e que acabou por redundar neste projecto.Mesmo com as críticas que aparecem de que há campos e pavilhões mas as freguesias não têm algumas infra-estruturas básicas?Essas críticas aparecem em qualquer contexto. Mas aí entramos num domínio político em que não quero entrar. O que posso manifestar é que a instalação da Escola Superior de Desporto (ESD) tem uma importância económica que não pode ser negligenciada. Rio Maior tinha há 8-9 anos cerca de 7.100 pessoas. A ESD tem hoje cerca de 12 por cento da população da cidade, entre alunos, funcionários e professores. Falamos de alugueres de quartos, do funcionamento do comércio e até da animação cultural. São vantagens que não devem ser criticadas. Apesar da escola não estar a funcionar a cem por cento porque o Estado ainda não cumpriu com o prometido na construção do novo edifício.

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