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O desafio timorense no complexo do Jamor

Um dos momentos mais marcantes da passagem de Albino Maria pela gestão do Complexo Desportivo do Jamor aconteceu quando teve de lidar com um grupo de timorenses que se encontravam alojados há muitos anos em barracas na zona.“A reunião demorou 15 minutos e ainda bem que levei pessoas a acompanhar-me senão tinham-me dado uma tareia. Nunca vi sentimentos humanos tão desumanos e animalescos. Pensava que ia lá com soluções de realojamento e que aqueles indivíduos que estavam em condições miseráveis iam ficar satisfeitíssimos. Mas foi uma coisa terrível. Cheguei a casa e nem falava. Depois fomos à força, com a polícia de choque e máquinas e numa hora caiu tudo”, recorda.Albino Maria recorda ainda hoje, com alguma piada, as palavras de um timorense. “Houve lá um senhor que agarrado pelas forças de segurança me dirigia insultos nestes termos: és da terra dos toiros e és um toiro como eles”, recorda.O convite para gerir o Complexo Desportivo do Jamor surgiu após um convite inesperado em 2003. O então secretário de Estado do Desporto, Hermínio Loureiro, que hoje é presidente da Liga de Futebol, abordou-o se estaria disponível, falou com o presidente Silvino Sequeira, que o apoiou na mudança, e aceitou as funções.“É uma experiência de outro nível de grandeza. Foi um trabalho muito agradável do ponto de vista profissional. Modéstia à parte penso que deixei o Complexo Desportivo do Jamor melhor do que estava quando entrei. Recordo alguns problemas que ajudei a resolver, alguns até fora da componente desportiva. Um dos concursos públicos que lancei foi a remoção do lixo que existia naquele território vastíssimo, com 230 hectares. Foram vinte e tal camiões de lixo que foram para aterro sanitário”.

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