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Vender os três hospitais para turismo

Querem fechar as unidades de urgência de Torres Novas e Tomar ficando as mesmas com idênticas condições a uma urgência que vai abrir no Biscainho/Coruche. Isto parece anedota, tanto mais que os Serviços de Atendimento Permanente (SAP’s), que o Senhor Ministro da Saúde tanto abomina, parece terem os dias contados o que faz com que as urgências hospitalares venham a ter cada vez mais procura.A existência dos três Hospitais do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) deu muito que falar e vai continuar a dar. A asneira foi terem-nos construído. Mas não vale a pena meter a cabeça na areia nem assobiar para o lado. Para solucionar esta situação só vejo a venda dos hospitais a um qualquer colosso do turismo, para os adaptarem a hotéis de luxo com heliportos, piscinas, campos de ténis e vistas maravilhosas. Depois, com o dinheiro da venda dos três elefantes brancos - por acaso o de Abrantes é castanho - é só construírem uma unidade de saúde moderna e bem equipada, ali para os lados da confluência da A23 com o IC3. Tudo se resolverá sem ninguém perder pergaminhos.Até lá, e considerando a crise, há que ter coragem e colocar a Unidade Cirúrgica em Torres Novas. Porque está muito melhor servida de vias de acesso, porque está mais perto das populações e dos potenciais locais de maior risco como sejam a A23, no seu pior e mais complicado troço, e a A1 onde de vez em quando também acontecem graves acidentes. E porque o Hospital de Torres Novas tem tudo para desempenhar a função sem necessidade de obras caras como acontece em Abrantes. Mas para que estas coisas comecem a andar é preciso que os decisores tenham vistas largas, tenham coragem e se deixem de bairrismos doentios e de guerras de lobbies. Se assim não for e se o País continuar de tanga, no pântano, qualquer dia não temos hospitais, nem turismo nem condições para que se possa continuar a viver aqui com alguma dignidade. Carlos Pinheiro

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