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Chuvas de Outubro afectam vindimas e interrompem as sementeiras de Outono

Chuvas de Outubro afectam vindimas e interrompem as sementeiras de Outono

Agricultura prejudicada pelas condições meteorológicas
As chuvas, por vezes intensas, de Outubro dificultaram as últimas colheitas de milho e arroz, afectaram o final das vindimas e chegaram a interromper as sementeiras de Outono-Inverno, informou segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Nas previsões agrícolas do INE de 31 de Outubro, são salientadas as consequências das condições meteorológicas verificadas em Outubro, que, no entanto, não afectaram as culturas arvenses, onde se esperam aumentos de produção, após o mau ano anterior, devido à seca.As vindimas concluíram-se com condições climatéricas adversas e é esperada uma quebra da graduação alcoólica, mas as actuais previsões, já com as adegas em pleno funcionamento, continuam a apontar para uma produção de qualidade, de 6.786 mil hectolitros, abaixo dos 6.996 mil da campanha anterior.No tomate para a indústria, a redução das áreas contratadas e os prejuízos causados pelas chuvas de Junho levaram a uma quebra de 15 por cento na produção face a 2005. Para o girassol, o INE prevê um aumento de 10 por cento face à campanha anterior, mas um decréscimo de 83 por cento na comparação com a média do último quinquénio.O INE salienta que as produções das principais fruteiras apresentam boa qualidade, com a pêra a subir 30 por cento, enquanto nos olivais, a produtividade deve aumentar cerca de 35 por cento na azeitona de mesa e 30 por cento naquela destinada à produção de azeite, face ao ano anterior.A produção de arroz deve crescer 25 por cento, um desempenho justificado tanto pelo aumento da superfície, devido à retoma da disponibilidade de água nos perímetros de rega, em particular a sul do Tejo, como pelo acréscimo da produtividade.A castanha apresenta boa qualidade e o INE prevê uma subida da produção de cerca de 30 por cento face a 2005, ao contrário da amêndoa que regista uma descida de 20 por cento. A produção de milho deve aumentar cinco por cento, com os rendimentos unitários atingidos a compensar os decréscimos de área, devido ao preço relativamente elevado dos factores de produção e pela baixa valorização da cultura, agravados pelo Regime de Pagamento Único, explica o INE.A produção de pêra deve atingir as 168 mil toneladas, mais 30 por cento, uma tendência positiva que não é seguida pela maçã, onde é esperado um decréscimo de cinco por cento, não ultrapassando as 236 mil toneladas. Nos pêssegos, os elevados calibres determinaram um aumento de produção de cerca de cinco por cento.O INE refere ainda que com as chuvas de Outubro, ventos fortes e trovoadas, alguns solos atingiram a saturação da capacidade do campo, encharcando os terrenos agrícolas, sobretudo na zona da várzea, estando o recomeço das sementeiras de Outono-Inverno condicionado pela drenagem das áreas alagadas.Já as pastagens beneficiaram com a precipitação e com as temperaturas amenas o que é positivo pois contribui para o desenvolvimento das plantas para a alimentação animal, que devem apresentar valores superiores ao normal.
Chuvas de Outubro afectam vindimas e interrompem as sementeiras de Outono

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