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“Ia de bicicleta fazer rádio a Santarém”

“Ia de bicicleta fazer rádio a Santarém”

Onde foi buscar o gosto pela cultura?Talvez ao meu pai que gostava de tocar gaita-de-beiços. Instrumento que também toquei, tal como clarinete. Fui músico durante treze anos na Banda Marcial de Almeirim e toquei na Orquestra Ribatejo onze anos. Ou então foi por vocação. Teve uma experiência cultural muito grande…Fui também um dos fundadores do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Almeirim em 1955. Na altura nem fazia ideia como se constituía um grupo folclórico. Fui director cerca de 30 anos. Se hoje conheço muitos países e muitos grupos de música, bailado e outros deve-se ao rancho.Acredita que o folclore tem futuro?Os grupos folclóricos têm os dias contados porque actualmente só actuam por permutas com os seus congéneres. Se não ganham dinheiro com os espectáculos como podem sobreviver. Os jovens já não se interessam por isto. Já ouvi dizer que em alguns ranchos há raparigas a travestirem-se de rapazes porque não há elementos masculinos para dançar. O espólio do rancho folclórico que estava no museu etnográfico da Casa do Povo, que entretanto foi desactivado, está agora encaixotado. Isso não o desanima?Tenho pena que a câmara não arranje um espaço para expor o espólio do grupo e outras peças históricas e das tradições de Almeirim. Também fez rádio.Em determinada altura fazia seis programas na antiga Rádio Ribatejo em Santarém. Ia de bicicleta de Almeirim por amor e gosto pela rádio. Hoje não sei se alguém faria isso. Além disso fui projeccionista de cinema.
“Ia de bicicleta fazer rádio a Santarém”

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