António Cláudio nasceu há 79 anos em Almeirim, no mesmo local onde ainda hoje reside. Considera-se um homem dos sete ofícios, que fez de tudo um pouco. Desde aprendiz numa carpintaria a funcionário do centro de emprego, vereador da Câmara de Almeirim e historiador. Tirou o curso de história depois de já estar casado porque queria aprender mais e estar preparado para enfrentar o futuro. Na altura se tivesse dificuldades em ter emprego podia sempre ir dar aulas. Fez parte do primeiro corpo activo dos Bombeiros de Almeirim, foi um dos fundadores do rancho folclórico da Casa do Povo, escreveu livros e boletins sobre a história local. Tem um livro sobre a toponímia de Almeirim que já apresentou à câmara municipal, mas esta, diz, nunca o quis editar. O que o deixa desgostoso. Foi sempre uma pessoa interessada pela cultura, pelas tradições. Viajou bastante com o rancho e considera que só quando se visitam os outros países é que se vê muitas coisas que estão mal em Portugal. Diz sentir pena por ver os prédios antigos de Almeirim serem demolidos e haver pouca gente que se preocupe em preservar o património arquitectónico da cidade. Gosta de música clássica. Verdi é um dos seus autores preferidos. Também gosta de géneros como jazz. Espectáculos de música pimba não o atraem.