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Tomar sem iluminação de Natal devido a incumprimento da empresa contratada

Associação comercial lamenta “falta de sensibilidade”

Tomar é a única cidade do distrito que não vai ter iluminação pública de Natal. A câmara baseia a decisão pelo incumprimento de prazos por parte da empresa contratada.

No primeiro dia de Dezembro doze ruas e avenidas de Tomar deviam ostentar milhares de lâmpadas e enfeites de Natal mas, pela primeira vez em muitos anos, não haverá iluminação pública alusiva à quadra. A decisão foi do executivo municipal e deve-se ao incumprimento dos prazos estipulados por parte da empresa contratada. O contrato com a firma Som Ideal, de Castanheira de Pêra, estipulava que a iluminação deveria começar a funcionar a partir do primeiro dia de Dezembro mas, por essa altura, ainda os funcionários da empresa andavam a colocar os necessários postes nas ruas que seriam engalanadas.O presidente da ACITOFEBA – Associação Comercial e Industrial dos concelhos de Tomar, Ferreira do Zêzere e Barquinha, Francisco Faria, confirmou a O MIRANTE os factos mas salienta a intransigência do presidente do município. “É verdade que a empresa se atrasou, apesar de eu próprio ter contactado os seus responsáveis vários dias antes, obtendo a garantia de que no dia 1 de Dezembro as ruas estavam iluminadas”.No último dia de Novembro, percebendo que os trabalhos de colocação das lâmpadas ainda estavam muito atrasados, Francisco Faria deu conhecimento do facto ao presidente da câmara, que se mostrou irredutível para alargar o prazo previsto no contrato. “Disse-me logo que não dava sequer mais um dia à firma e que a partir daquele momento o contrato estava anulado por falta de cumprimento”, refere o responsável da ACITOFEBA.Francisco Faria garante ter feito todos os esforços para António Paiva voltar atrás na sua decisão. “Apesar de concordar que a empresa deveria ser penalizada insisti com o presidente para lhes dar mais uns dias, lembrando-lhe que desse modo a cidade ficava sem qualquer iluminação natalícia”, diz, adiantando que a resposta do presidente foi peremptória – se o prazo do contrato fosse alargado a responsabilidade do pagamento do serviço, cerca de 20 mil euros, seria da total responsabilidade da associação.Um ónus que Francisco Faria não quis também assumir. “Os custos da iluminação de Natal têm sido sempre suportados pelo município, a ACITOFEBA só faz a gestão do contratos, acompanha operacionalmente o processo”, refere o responsável, lamentando a “falta de sensibilidade” e “um bocadinho mais de boa vontade” por parte de António Paiva.O presidente da ACITOFEBA lamenta a situação e diz que quem visita agora Tomar fica com a convicção que a cidade está triste e desprezada. “Tanto queríamos que ficamos sem nada”. O MIRANTE tentou contactar por diversas vezes o presidente da câmara e a empresa responsável pela iluminação mas ninguém se mostrou disponível para comentar a questão.

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