uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Variações da alma portuguesa

Um disco de Amália Rodrigues, oferecido pelo avô, aproximou-a do fado. Cristina Branco tinha na altura 18 anos e não imaginava que quatro anos depois pisaria um palco pela primeira vez. Até então as únicas referências musicais que tinha eram dos grupos que estavam na moda. Ouvia U2 e Pink Floyd, mas também gostava de jazz, música francesa e brasileira. Da música portuguesa apenas conhecia os cantores de intervenção, como Zeca Afonso, Sérgio Godinho e Adriano Correia de Oliveira. A primeira vez de Cristina Branco foi em 1996, numa noite de fados em Benfica do Ribatejo, Almeirim, onde foi por insistência de uma amiga. Durante o espectáculo convidaram-na para cantar. Recusou, porque até então só tinha cantado na brincadeira, entre amigos, e porque de fado não sabia nada. Perante a insistência, impulsionada pelo “som das guitarras” subiu ao palco para cantar um bocadinho de uma cantiga dos Madredeus. “Os guitarristas não estavam familiarizados com aquele tipo de música e fiquei a meio”.Ficou a meio a canção mas nasceu ali uma carreira. Um mês depois da primeira experiência de palco o irmão leva-a a uma noite de fados em Almeirim para conhecer o guitarrista Custódio Castelo. É ele que acaba por a lançar no mundo da música. Em Abril de 1997 surge a oportunidade de actuar na Holanda. Ensaia o repertório em 15 dias e, decidida, embarca para o seu primeiro espectáculo a sério. Depois do espectáculo é convidada para gravar um disco: “Cristina Branco live in Holand”. Pouco tempo depois grava o “Murmúrios”. O disco chega a França e o jornal Le Monde atribui-lhe o prémio de melhor álbum de música tradicional e melhor voz. Estamos em 1998 de então para cá foi sempre a subir.

Mais Notícias

    A carregar...