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“Nunca houve excursões para assistirem às minhas missas”

Como se gere um dia a dia com missas, funerais, casamentos, baptizados, confissões, programas de televisão, espectáculos?Gere-se separando bem as coisas e fazendo uma de cada vez. Quando estou na minha paróquia não estou a pensar no espectáculo na semana que vem ou no programa de segunda-feira. Tenho de gerir sobretudo dois tempos: o da fidelidade ao compromisso que a igreja me pediu, que é ser padre, e tenho tentado sempre cumprir. Depois existem os hobbies da televisão e dos espectáculos. O pior não é ter muita coisa para fazer, é não ter equilíbrio entre elas. Enquanto achar que consigo manter o equilíbrio entre elas vou continuar.Nunca sentiu necessidade de optar por uma actividade?Não. Sempre vi as coisas numa complementaridade sadia e feliz. É obvio que tenho de fazer opções. Por exemplo tinha um espectáculo para os Açores que coincidia com o domingo de Pascoela e disse que não podia ir porque tinha de ficar na paróquia.O mediatismo que advém da sua presença na televisão e nos espectáculos ajuda à sua tarefa pastoral? Falou-se em pessoas que vinham de longe para assistir às suas missas…Isso foi uma ideia errada porque nunca houve excursões para assistirem às minhas missas. Em termos pessoais o mediatismo tem os dois lados da moeda. Sou facilmente identificado mas dificilmente conhecido. As pessoas dizem que me conhecem mas não conhecem.A sua presença na televisão é uma forma de evangelização de massas?Vir para este terreno não é fácil nem é programável. Mas em Timor as pessoas conhecem-me. Ouvem o que eu digo. Vou agora ao Luxemburgo e sou mais conhecido que os padres que lá estão a trabalhar com as comunidades. Isto dá-nos uma proximidade com as pessoas. E todos sabem que é o padre Borga que lá está. É a presença da fé, da igreja. Hoje quando se fala de padres, as pessoas conhecem o Vítor Melícias e o padre Borga mais até que o bispo local.Como é que entrou para a televisão e ainda por cima para um programa como os Casos de Polícia?A Conceição Lino andava à procura de um padre e foi ter com o que lhe tinha baptizado a filha. Ele lembrou-se de mim e eu nesse dia, por coincidência, estava em Lisboa. Falei com ela, aceitei ir fazer seis programas à experiência e estive lá dois anos…

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