O vocalista dos Xutos e Pontapés vai apresentar o seu segundo trabalho a solo nas noites de quinta e sexta-feira no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém. Tim vai subir ao palco pelas 21h30 e vai ter a acompanhá-lo músicos experientes: João Cardoso (Despe&Siga, Sérgio Godinho, Humanos) nas teclas, Pedro Gonçalves (Dead Combo, Xutos Acústico) na viola baixo e Samuel Palitos (Censurados, Rádio Macau) na bateria e percussãoTim, que é professor e aluno da Escola de Música de Santarém, é um dos nomes mais respeitados do panorama musical português. Integrou projectos como Rio Grande ou Cabeças no Ar que reuniram nomes como Rui Veloso, Jorge Palma, Vitorino e João Gil, contribuindo com temas que se tornaram clássicos, como “Postal dos Correios”.A par da carreira de quase três décadas nos míticos Xutos e Pontapés (nascidos em 1978), Tim editou dois álbuns em nome próprio, “Olhos Meus” e “Um e Outro”, que vai agora apresentar ao vivo ao público ribatejano num espectáculo onde a luz e a imagem contribuem para o registo intimista. Os bilhetes custam 10 euros para o público em geral e 7,5 euros para estudantes.Em Junho passado, em entrevista a O MIRANTE, realçava que o seu trabalho a solo não é uma mera extensão do seu trabalho nos Xutos. “Não sinto a voz dos Xutos neste meu disco. Pelo menos eu não sinto. Nos Xutos estou integrado num grupo. Parte de mim está ali mas eu sou mais do que aquilo. Quando me ponho a ouvir com atenção não me reconheço ali totalmente. Por vezes acontece estar a ver coisas antigas e eu não me identifico comigo próprio, com aquela voz com aquela personagem”. Tim explicava ainda que os seus trabalhos a solo não significam qualquer quebra na relação com o grupo que lhe deu fama. Trata-se de um processo de auto-construção como autor e músico. “Estou satisfeito com o trabalho nos Xutos & Pontapés e não faço trabalho a solo para fugir do grupo. Eu sozinho não sei fazer o que os Xutos fazem. Nem melhor, nem pior. Não sei fazer. E quero continuar a participar nesse trabalho. Mas não posso negar que tenho outros interesses. Quando trilho caminhos diferentes estou a lutar para ser melhor”.