O ex-treinador do Salvaterrense, Miguel Viegas, desmente as declarações do presidente do clube publicadas na última edição de O MIRANTE, quando este justificou a renúncia do técnico ao cargo de treinador da equipa de futebol sénior com os maus resultados. Em declarações ao nosso jornal, Miguel Viegas garante que a sua saída do clube ficou a dever-se a algumas atitudes do chefe do departamento de futebol, Carlos Duarte, que na sua opinião desestabilizavam a equipa.Miguel Viegas, que tem uma grande ligação ao clube, que serviu durante mais de uma década, reconheceu que foi convidado pelo presidente para voltar a assumir um lugar de treinador no futebol jovem do clube, mas recusou, porque o foco de instabilidade provocado pelo dirigente ligado ao futebol está também a afectar o trabalho das camadas de formação. “Quando há jogadores a querer vir embora, quando os treinadores dos iniciados e juvenis já abandonaram, e tudo por causa do mesmo dirigente, não fazia sentido aceitar ficar como coordenador do futebol juvenil. Ainda disse ao presidente que ficava se ele saísse, mas ele não aceitou e saí mesmo”, garantiu Miguel Viegas.O técnico fez questão de desmistificar a questão dos maus resultados. “Os resultados até não eram assim tão maus. Quando saí estávamos completamente dentro dos objectivos traçados. A nossa meta era continuar na primeira divisão e na altura ainda estávamos em condições de lutar pelo menos pelo sétimo lugar, o que nos podia mesmo dar uma possibilidade de acesso à divisão de honra”, referiu o ex-treinador, que acrescentou sentir muita pena de poder vir a ver o futebol voltar a acabar em Salvaterra de Magos.Contactado pelo nosso jornal, o presidente do Salvaterrense afirmou apenas que pela amizade que tem por Miguel Viegas, nem ele nem ninguém do clube faz mais comentários sobre o assunto.