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Árbitro acusado de omitir no relatório expulsão de um jogador do Erra

Árbitro acusado de omitir no relatório expulsão de um jogador do Erra

O Paços dos Negros, actual campeão nacional do Inatel, admite impugnar o campeonato distrital devido a alegadas irregularidades na utilização de um jogador da Erra, que terá jogado apesar de ter sido expulso no jogo anterior.

Paço dos Negros, Azervadinha e Raposa estão a contestar o facto de um jogador do Erra que alegadamente foi expulso no jogo Santa Justa – Erra, disputado em Novembro, ter continuado a jogar sem que tivesse sido castigado pela Comissão de Disciplina do Inatel. E contestam ainda a forma como o órgão disciplinar averiguou e decidiu julgar improcedente o protesto do Paço dos Negros. As motivações que levaram o Paço dos Negros a protestar formalmente e o Azervadinha e o Raposa a reclamar informalmente são diferentes. Os pacenses garantem que apenas pugnam pela verdade desportiva, a Azervadinha porque está a ser prejudicada porque a Câmara Municipal de Coruche atribui um prémio à equipa mais disciplinada e caso o jogador do Erra fosse castigado, como devia, ficava em condições de chegar ao prémio. A Raposa porque se o jogador e o clube fossem castigados, ainda podiam aspirar ao apuramento directo para a segunda fase da prova.O Paços Negros, actual campeão distrital, foi quem espoletou a situação. O jogo Santa Justa – Erra disputou-se a um sábado e como o Paço dos Negros jogava na jornada seguinte com a equipa do concelho de Coruche, dezena e meia de dirigentes, jogadores e treinadores do clube foram assistir ao jogo e garantem que viram o jogador do Erra ser expulso. E ficaram deveras admirado de ver na jornada seguinte esse jogador a jogar contra eles. Situação que contraria claramente os regulamentos, que determina que um jogador que receba um cartão vermelho fica automaticamente suspenso no jogo seguinte.O vice-presidente do Paço dos Negros, Vítor Evangelista, garante que o seu clube embora não tenha nada contra o Erra, apresentou desde logo protesto no boletim do árbitro, jogando assim de forma condicionada. “A disciplina é muito importante nesta prova e quisemos desde logo marcar a nossa posição”, refere o dirigente.O protesto foi enviado para a Delegação do Inatel dentro dos prazos regulamentares, acompanhado das provas e dos nomes das testemunhas que tinham conhecimento da expulsão do jogador. “A Comissão de Disciplina sem ouvir nenhuma das pessoas que apresentámos como testemunha, baseando-se apenas no relatório do árbitro, julgou o protesto improcedente, explicando que ouvidos o árbitro e as equipas intervenientes no jogo, não foi encontrada matéria dolosa”, disse Vítor Evangelista.Depois numa reunião em que a direcção do Paço dos Negros garante que apresentou várias provas do sucedido, incluindo declarações incertas no Blog Ultras Erra, alegadamente ligado ao clube do concelho de Coruche, onde é reconhecida a expulsão do jogador, os membros da Comissão de Disciplina voltaram a não aceitar os argumentos e limitaram-se a referir que era a palavra de uns contra as de outros, não tomando mais qualquer decisão.Indignados com a situação, os dirigentes dos três clubes - Paço dos Negros, Azervadinha e Raposa - recorreram para o Delegado Distrital do Inatel, António Rola, mas até agora não tiveram qualquer resposta. “Falta apenas uma jornada para o final da primeira fase, o Paço dos Negros não tem nada a ganhar nem a perder com a situação, mas vamos até ao fim, porque queremos continuar a dignificar o clube”, garantiu Vítor Evangelista.O dirigente do Paço dos Negros garante que se antes do início da segunda fase da prova a situação não for resolvida, e não tenha uma resposta do delegado do Inatel, o seu clube vai contestar a homologação dos resultados e a continuação da prova. Contactado por O MIRANTE o delegado do Inatel, António Rola, garantiu que está a estudar o problema, está a ouvir toda a gente e na altura certa vai dar uma resposta aos clubes. “Mas acrescento que a situação já foi tratada e bem tratada pela Comissão de Disciplina. Vou tomar em breve a decisão ajustada sobre o problema”, garantiu.No sábado, no final do jogo disputado em Paço dos Negros, o treinador do Erra, Norberto Esperança, recusou fazer comentários sobre o protesto, do jogo que disputou em casa precisamente com o agora de novo seu adversário. Preferiu apontar para o facto de ser “um campeonato cheio de casos” que era bom que fossem investigados. Norberto Esperança quer apenas que deixem o seu clube em paz. “Somos um clube de uma pequena terra, jogamos de forma disciplinada, promovemos sobretudo o convívio e a confraternização, não queremos problemas com ninguém, é inadmissível esta guerra que nos estão a fazer”, acrescentou.

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