uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Moradores queixam-se das águas estagnadas e maus cheiros em terreno da Misericórdia

Câmara de Santarém tem conhecimento da situação há vários anos
Uma enorme área de água estagnada e mal cheirosa está a preocupar os moradores da calçadinha Rego dos Mansos, situada nos arredores de Santarém. As chuvas de final do ano passado aumentaram o volume do lago artificial, que serve de poiso a diversas aves selvagens. O terreno pantanoso tem cerca de quatro a cinco hectares e pertence à Santa Casa da Misericórdia de Santarém. Junto ao local a instituição tem em funcionamento um centro de Actividades de Tempos Livres (ATL), frequentado por 56 crianças.Segundo o provedor da Misericórdia, António Garcia Correia, há muitos anos que a Câmara de Santarém foi avisada para limpar a ribeira das Fontainhas. O curso de água está cheio de detritos, canas e traz esgotos a céu aberto da cidade, que quando transbordam ficam retidos naquela zona baixa e não correm para a ribeira da Asseca. “Todos os invernos mais chuvosos esta situação repete-se. Há muito que a câmara está avisada e esperamos que seja feita uma intervenção e protegida a saúde pública”, refere Garcia Correia a O MIRANTE. Na estrada da calçadinha Rego dos Mansos vivem oito famílias. Um dos moradores confessou ao nosso jornal estar preocupado com a situação, especialmente com a chegada do tempo mais quente. Zacarias Margarido alerta que os maus cheiros que já se sentem vão acentuar-se caso nada seja feito agora. Teme também que as aves selvagens podem entrar em contacto com as suas aves de capoeira, numa altura em que muito se fala da gripe das aves. O morador adianta ainda que uma barreira que deveria proteger aquela zona de cheias terá sido derrubada.A estrada de terra batida que serve as casas e passa ao lado da água estagnada encontra-se ainda cravejada de buracos e com as valetas cheias de ervas. Além das casas, a estrada serve ainda um armazém de livros que já foi invadido pelas águas da chuva em Novembro último. “A estrada ficou como um lago porque a água não escoou devido às valetas entupidas”, lembra Zacarias Margarido, que já alertou a PSP e a Câmara de Santarém.O vereador da Câmara de Santarém com o pelouro dos espaços verdes e espaço público referiu a O MIRANTE que a autarquia já contactou a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT) para que esta entidade possa proceder à regularização da linha de água. Ricardo Gonçalves (PSD) lembra que cabe a esta entidade fazer a intervenção, se necessário com o apoio da autarquia, pelo facto de a linha de água, naquele local, se encontrar fora do limite urbano. Argumenta o autarca que os pilares do viaduto do IC 10 e os detritos e esgotos levados pela ribeira não ajudaram à mais fácil drenagem da água que se acumula naquela zona. Situação que deverá ser colmatada com a ampliação da rede de saneamento básico da cidade e arredores. O vereador diz ainda ser possível realizar intervenções pontuais de melhoramento do caminho que serve aquela zona.

Mais Notícias

    A carregar...