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Orçamento da Junta de Vale da Pedra voltou a ser chumbado

Proposta apresentada pela maioria socialista não convenceu oposição
O orçamento da Junta de Freguesia de Vale da Pedra para 2007 foi chumbado pela segunda vez na assembleia de freguesia. Uma situação que não constitui novidade pois o orçamento para 2006 também só foi aprovado à quarta tentativa. Apesar das sucessivas crises do orçamento ninguém arrisca avançar para eleições intercalares. A oposição, principalmente através do independente pelos Cidadãos por Vale da Pedra (CPVP), Joaquim Claro, considera que se o presidente da junta tem tanta fé no que faz, deve ter coragem para ir a eleições. O presidente, Joaquim Edgar Oliveira (PS), diz não se demitir e considera pouco credível que a oposição chumbe constantemente as suas propostas de orçamento e não tire daí conclusões. “Se acham que está tudo tão mal que façam cair a junta. Eu acredito que a população está comigo”, confia. CDU, PSD e CPVP deixaram várias críticas à proposta da maioria PS. Principalmente pela falta de verbas para a manutenção de arruamentos na freguesia, apresentação de números poucos rigorosos e falta de explicações ao membros do órgão que fiscaliza a acção da junta. O eleito do PSD Celestino Marques critica ainda o que considera ser a relação confusa que o presidente de junta tem com a Associação Comunitária de Vale de Pedra (ACVP), da qual também é presidente. O presidente da junta diz não ficar surpreendido com a postura dos eleitos da oposição e acusa-a de má fé na reprovação dos sucessivos orçamentos. Joaquim Edgar Oliveira recorda que a junta recebe este ano mais 16 mil euros da câmara que em relação ao orçamento anterior, além dos 65 mil euros do investimento realizado na aquisição do terreno para a futura creche. “Quero trabalhar e não me deixam”, queixa-se.Joaquim Edgar esclarece ainda que não existe qualquer confusão com a ACVP. Diz que o ano passado teve de recorrer a verbas destinada à associação por falta de dinheiro na junta. Tal como o grupo do PS na assembleia de freguesia manifestou em comunicado, Joaquim Edgar diz que a forma de estar da oposição prejudica a freguesia. “Até para pintar o muro do cemitério não recebo verbas da câmara enquanto o orçamento não for aprovado”, diz o autarca. O presidente da Câmara do Cartaxo manifesta-se solidário com Joaquim Edgar, ao apelidar de forças de bloqueio os partidos da oposição na freguesia. “Não percebo em particular a posição da CDU que, no início do mandato, viabilizou um executivo composto por elementos do PS. O eleito dos CPVP tem uma questão pessoal com o presidente da junta”, recorda. O edil diz poder também estar em causa, pelos chumbos orçamentais, a candidatura ao programa PARES para financiamento da futura creche, o alargamento do edifício da junta ou mesmo os fundos para a construção da estação de tratamento de águas residuais (ETAR) da freguesia.

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