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Moradores da Vala do Carregado ameaçam manifestar-se à porta da câmara municipal

Sinal de protesto “da ponta esquecida do concelho” pelo poder de Vila Franca

Um abaixo-assinado subscrito por centenas de cidadãos foi o ponto de partida para a constituição de uma Comissão de Moradores da Vala do Carregado. O documento do descontentamento seguiu para o Presidente da Assembleia da República, Ministro do Ambiente, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo e Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, entre outros.

 Um grupo de sete pessoas, encabeçado por Telmo Vieira, autarca da CDU e Ricardo Fabião, deu a conhecer a sua intenção de avançar com a formação de uma Comissão de Moradores da Vala do Carregado, freguesia de Castanheira do Ribatejo. A medida foi apresentada à população a 30 de Março nas instalações da escola primária daquela localidade.Do trabalho realizado, o grupo instalador da Comissão de Moradores destacou a elaboração de um abaixo-assinado recolhido na Vala do Carregado e que contou com perto de 500 assinaturas, subscritas por moradores e trabalhadores que se sentem descontentes pela forma como a aldeia tem sido tratada.“O referido abaixo-assinado, que foi já enviado para o Presidente da Assembleia da República, Ministro do Ambiente, Presidente do INAG, Instituto das Estradas de Portugal, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo, Câmara Municipal de Vila Franca de Xira e Junta de Freguesia da Castanheira do Ribatejo, visa chamar a atenção das várias entidades pelo ponto de degradação que chegou a aldeia”, refere Telmo Vieira, autarca da CDU na Assembleia de Freguesia de Castanheira do Ribatejo e presidente da Sociedade Columbófila da Vala do Carregado.Intitulada como a “ponta esquecida” do concelho, “os habitantes da Vala do Carregado fartos de obras inacabadas, sem fim à vista e de promessas de melhoramento nunca cumpridas, mostrando ainda que se não se consegue fazer nada pelas formas legais e diplomáticas, tomarão a iniciativa de outras formas de luta mais activas e de maior visibilidade que passarão”, entre outras, pela realização de “uma manifestação junto às portas da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira”, acrescenta o mesmo responsável.O grupo instalador da Comissão de Moradores pretende “pressionar todas as entidades responsáveis para que as obras em curso sejam concluídas rapidamente e em condições”. As baterias estão apontadas para a beneficiação das margens do Rio Grande da Pipa e que percorre a localidade; para a reparação a Estrada Nacional 1.3, paralela ao rio; e para a implementação de uma travessia pedonal que faça a travessia da Linha do Norte para a população (maioritariamente idosa).Neste último caso, o grupo instalador alega que, “devido às obras da Refer, a aldeia ficou brutalmente dividida com uma única passagem aérea no apeadeiro de caminhos-de-ferro, sendo que a referida passagem beneficia apenas os utentes da CP, ao invés dos habitantes da Vala do Carregado”.Na reunião foram ainda abordadas “outras questões preocupantes”, nomeadamente, as obras que decorrem no Bairro Atral-Cipan, a circulação abusiva de transportes pesados pelo interior da localidade, bem como a falta de um passeio para a circulação de peões na Estrada Nacional 1.3.Telmo Vieira salienta ainda que “a falta de consideração pelos habitantes por parte das entidades responsáveis pelas obras, que abrem buracos, fazem o que têm a fazer e deixam tudo na mesma, não permitindo sequer às pessoas abrir as portas de casa ou ter a janela aberta com tanta poeira ou lama quando chove”, atingiu já um ponto de saturação por parte dos residentes da Vala do Carregado.A constituição da Comissão de Moradores da Vala do Carregado recebeu o apoio unânime dos presentes. O próximo passo visa efectivar os estatutos e dar inicio ao processo da legalização da referida comissão.

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