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Aldeia da Barrosa tem um pavilhão de cidade

Aldeia da Barrosa tem um pavilhão de cidade

Equipamento custou um milhão de euros

Novos e velhos aplaudem o novo pavilhão, mas receiam as dificuldades em dar-lhe vida numa aldeia com 700 habitantes. A câmara diz que está a antecipar o futuro.

“É um pavilhão de sonho de fazer inveja a muitas cidades”, a expressão é de Francisco António, um homem de 81 anos, mergulhado na emoção de ver a aldeia da Barrosa (Benavente), onde sempre viveu, a inaugurar o novo pavilhão gimnodesportivo. A festa juntou mais de duas centenas de convidados na manhã de 25 de Abril e o moderno pavilhão custou cerca de um milhão de euros. “Uma pipa de massa”, acrescenta o octogenário enquanto nos guia a visita pelo novo equipamento.A primeira imagem no exterior mereceu algumas críticas dos barrosenses que se renderam ao encanto interior quando as portas se abriram. “Por fora parecia um caixote, mas está muito bonito”, comenta uma idosa. Opinião diferente tem Ana Maria Castanheiro que aplaude a obra por dentro e por fora. “É uma coisa moderna, diferente do que havia antes”, explica. Apesar de achar que fazia mais falta na aldeia, um lar e centro de dia para os “jovens da sua idade”, Ana Maria diz que o pavilhão “é bom para a juventude”.Que o digam Sérgio Reguino e Ricardo Silva, dois praticantes de karaté. Até aqui treinavam na sede da Associação livre dos Trabalhadores da Barrosa (ALTB), mas agora têm um novo espaço. “Não cheira a mofo nem a bagaço”, ironiza Ricardo, 17 anos. O jovem atleta considera que o pavilhão pode ser um incentivo para atrair novos praticantes. Sérgio, 23 anos, lamenta que a aldeia tenha poucos jovens para poderem dar vida ao imenso pavilhão. “Pode ser que com melhores condições, venha mais juventude para a Barrosa”, adianta.Essa é a convicção do presidente da Câmara Municipal de Benavente que presidiu à inauguração. António José Ganhão (CDU) justificou o investimento no pavilhão com a perspectiva de futuro porque “a Barrosa vai crescer a um ritmo mais elevado e vai atrair novas famílias jovens” que procuram a qualidade de vida. “Aqui fica esta obra à vossa disposição para que os vossos filhos e mulheres possam usufruir dele na área da formação e da saúde”, referiu perante uma plateia que não lhe poupou elogios e aplausos.O presidente da junta de freguesia, Joaquim Semeano (CDU) viçou que “não deve de haver no país uma aldeia da dimensão da Barrosa com um equipamento como este”. A aldeia com 700 habitantes tem outras particularidades como o facto de ter um relvado sintético utilizado por uma equipa da segunda divisão distrital. Na Barrosa não há oposição à maioria que gere a freguesia porque Joaquim Semeano foi o único candidato a apresentar lista.O líder local desafiou a ALTB e o Sport Clube Barrosense a ajudarem a dar vida ao novo pavilhão e apelou à população para praticar mais desporto. O novo pavilhão com piso sintético está preparado para várias modalidades desportivas e tem bancadas com capacidade para 309 lugares. Os balneários são modernos e funcionais e estão aptos a receber atletas deficientes. O espaço com uma cobertura metálica tem uma acústica razoável para receber outro tipo de eventos. A obra custou 860 mil euros mais o valor do terreno e dos arranjos exteriores que não foi contabilizado e fica por conta da câmara que financiou também 35 por cento do valor da adjudicação. O Fundo de Desenvolvimento Regional (Feder) comparticipou com 65 por cento. As honras de estreia pertenceram aos jovens da terra com exibições de karaté e ginástica aeróbica.
Aldeia da Barrosa tem um pavilhão de cidade

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