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Empate 1-1 com o CADE no último jogo não estragou a festa de campeão de juvenis

Académica de Santarém conseguiu o milagre da vitória no último jogo apesar do empate com o CADE

O Empate 1-1 no último jogo do campeonato não estragou a festa de campeão à Associação Académica de Santarém. O título de campeão distrital de juvenis – nível I já estava assegurado desde a jornada anterior, altura em que os escalabitanos foram vencer 2-0 a Tomar. A equipa da “Briosa” como é também conhecida vai também ser a representante do distrito de Santarém no Campeonato Nacional de Juvenis na próxima época.

O último jogo disputado no dia 6 de Maio, em Santarém, foi sobretudo um jogo de festa, que meteu paraquedistas, largada de pombos e balões, com o equilíbrio a ser a nota dominante. As duas equipas mostram argumentos idênticos e entraram no pelado do campo da Escola Superior Agrária dispostas a vencer. Ainda assim, acabou por ser um excelente espectáculo, com as duas equipas a serem dignas uma da outra. O treinador da Académica, Rui Canavarro, optou por colocar a jogar neste encontro os jogadores menos utilizados durante a época, um prémio que se justificava, e que foi muito bem aceite pelos companheiros que foram titulares durante a maior parte da época.O CADE marcou primeiro, temeu-se que a festa fosse estragada, mas num assomo de energia e coragem, que foi apanágio da equipa da “Briosa” durante toda a época, Jorge Ribeiro marcou o golo do empate, resultado com que se chegou ao fim do jogo, que voltou a terminar em festa entre jogadores, treinadores e espectadores.Os jovens academistas que alinharam neste jogo da festa e conquistaram o título foram, Guimarães. André Russo, Pedro Soares, Beto, Ricardo Santos, Hugo, Diogo Paulino, Nini, Jorge Ribeiro, Ricardo Guerra, João Rodrigues, Carlos Carreira, J.P., Francisco, Pedro Pereira, Fábio Matias, Vítor Hugo e André Jorge.“Esta vitória e outras que estão na calha, são um autêntico milagre”O treinador da Académica de Santarém, Rui Canavarro, era um homem feliz, não se cansava de realçar a capacidade de trabalho e a unidade do grupo de jovens que teve ao seu dispor, mas destacou também que esta vitória já vem de trás. “É fruto do trabalho desenvolvido ao longo dos anos, por um grupo de pessoas que trabalham dedicadamente na formação de futebolistas e homens, e teve também uma quota parte importante dos jovens que na época passada foram vice campeões”.Rui Canavarro destacou este momento de vitória como o dia mais feliz da sua vida, mas endereçou para os jovens e para os dirigentes do clube a maior fatia dos louros da vitória. “Eles merecem-no mais do que ninguém”, referiu.Contudo o técnico não deixou de garantir que “esta vitória e outras que estão na calha” são um “autêntico milagre, porque as condições de trabalho são péssimas”. Ao mesmo tempo que fazia alguma justiça à Associação de Futebol de Santarém, porque nesta época conseguiu enviar árbitros para todos os jogos, criticava as forças políticas que têm gerido a Câmara de Santarém. “Que nada têm feito para dotar a cidade de recintos para a prática do futebol”.Para Rui Canavarro, a Académica de Santarém já merecia ter condições de trabalho dignas. “Treinam aqui neste campo da escola agrícola 300 jovens, é quase impossível fazer qualquer trabalho em profundidade, é preciso que os responsáveis olhem para os clubes da cidade que fazem formação e tratem de arranjar condições para que eles possam continuar o seu trabalho, é uma falta de respeito para com a população o que não se está a fazer ao nível do desporto em Santarém”.O técnico foi ainda mais longe ao dizer para que as pessoas esqueçam a oferta de terrenos que fizeram à Académica, porque a casa do clube é na Escola Superior Agrária. “É preciso que as três partes se juntem, câmara, escola e Académica, se reúnam e encontrem uma forma de criar condições aqui nestes campos, colocar aqui um sintético, para podermos trabalhar e receber os clubes que nos visitam, enquanto isso não acontecer vamos continuar a trabalhar com dignidade, mas sempre com tristeza por continuarmos a ser ultrapassados nas condições de trabalho, por equipas de algumas das mais remotas aldeias do distrito”, disse com tristeza Rui Canavarro.“Não queremos obras megalómanas, não queremos grandes estádios, neste momento, para podermos potenciar os trezentos miúdos que estão aqui a praticar desporto é preciso muito pouco, apenas a boa vontade de todos os intervenientes e mais nada”, concluiu Rui Canavarro.

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