IEFP quer apoiar trabalhadores no desemprego por deslocalização de empresas
O Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) está a preparar uma candidatura ao Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização, para poder apoiar os trabalhadores vítimas de despedimentos colectivos na sequência de deslocalizações de empresas, confirmou hoje fonte do Governo à Lusa. O IEFP tem estado a fazer um estudo sobre as regiões e os sectores mais afectados por deslocalizações para ver quais as possibilidades de Portugal se candidatar a verbas deste novo Fundo Europeu. O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, disponibilizou o apoio do executivo comunitário para ajudar os 500 trabalhadores despedidos da fábrica da Delphi, através de instrumentos e ajudas comunitárias disponíveis. O Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEG), recentemente criado, pode disponibilizar até 500 milhões de euros por ano para apoiar trabalhadores despedidos, nos vários países da União Europeia, em resultado de deslocalizações. Os apoios destinam-se à reinserção profissional dos trabalhadores, nomeadamente através da formação profissional.Mas para aceder a estes apoios, os despedimentos têm de envolver, pelo menos, 1.000 trabalhadores de uma empresa, ao longo de quatro meses, ou ao longo de nove meses, em várias pequenas e médias empresa de uma região ou de duas regiões contíguas. Há cerca de dois meses o presidente do IEFP, Francisco Madelino, em entrevista ao Semanário Económico, tinha confirmado que Portugal deveria apresentar em breve a primeira candidatura a este fundo europeu, depois de elaborar um estudo sobre as regiões e os sectores mais afectados pela globalização. Madelino referiu, na altura, que a região norte e as indústrias automóvel e de vestuário e calçado poderiam integrar o processo de candidatura. As candidaturas a este novo fundo europeu terminam em meados de Junho.
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