No Entroncamento há mais de quatro mil pessoas que não têm médico de família. O Centro de Saúde que já chegou a ser considerado um Centro de Saúde modelo e um dos melhores a nível nacional é actualmente um dos piores do país. Perante esta situação sinto vontade de rir com as preocupações dos autarcas. A dor de cabeça deles é o eventual adiamento da ampliação do edifício.Meus senhores saltem da cama mais cedo e visitem o Centro de Saúde para perceberem qual é a actual prioridade. As pessoas vão para o médico de recurso e nem sequer sabem se serão atendidas. A falta de espaço apenas permitirá que quem espera esteja mais à larga. Ou quando muito que possa haver mais pessoas à espera de uma vaga para uma consulta.Eu gostaria de ver os autarcas do Entroncamento preocupados com as pessoas que precisam de médico. E gostaria que a política local não fosse feita apenas de moções mas de acções. Já começo a não ter paciências para as guerritas políticas do costume. Se não são capazes não se tentem pôr em bicos de pés. Perante a falta de médicos houve câmaras como a do Cartaxo, se não estou em erro, que tentaram a contratação de alguns para resolver o problema. Esta terra não pode continuar a ser a terra das moções e dos discursos. Se têm unhas toquem para a frente. Se não têm, parem com a sinfonia do palavreado, se faz favor.Amália S. Brites