O novo presidente da “Briosa”, forma carinhosa como é conhecida a Académica de Santarém, não é um homem com fortes ligações ao futebol. Confessa que foi apanhado um pouco na onda. “Tenho dois filhos a jogar na Académica e por isso comecei a acompanhá-los aos treinos, fui-me apercebendo do excelente trabalho que ali efectuam, quando vieram ter comigo para encabeçar uma lista não fui capaz de dizer que não e aqui estou disposto a trabalhar para que o clube se desenvolva ainda mais”, disse Vítor Farinha.Apesar de ter sido apanhado um pouco de surpresa e de reconhecer o excelente trabalho feito pelos seus antecessores. Trabalho bem visível no facto de contar esta época com três equipas campeãs distritais e assim irem disputar os campeonatos nacionais. Vítor Farinha e a sua direcção têm objectivos concretos para desenvolver. “Reconhecemos o trabalho efectuado, a época de 2006/07 foi mesmo uma época de ouro, mas isso não impede que queiramos fazer melhor, principalmente ao nível da organização e modernização do clube”, garantiu.Vítor farinha quer fazer com que a Académica de Santarém seja um clube mais moderno e vai lutar para que seja dotado com melhores infra-estruturas. “São mais de 300 jovens a praticar desporto na Académica em condições muito más. Os resultados aparecem fruto do muito trabalho desenvolvido pelos técnicos e pelos jovens, mas são quase um milagre. Vamos falar com as entidades oficiais para encontrar uma forma de dotar o clube de melhores condições de trabalho”, referiu.Para o presidente a “Briosa”, que está a comemorar o seu 75º aniversário, tem que deixar de ser o parente pobre do desporto escalabitano e tem que ser olhada com outros olhos por quem tem responsabilidades no concelho. “Queremos continuar a jogar e a formar homens na nossa casa na Escola Superior Agrária, mas para isso precisamos que as instalações desportivas sejam melhoradas”, referiu.Vítor Farinha quer que reconheçam o trabalho desportivo e humano que tem sido levado a cabo pela “Briosa”. “Aqui formam-se homens e futebolistas, mas as condições são deficientes. Vamos promover o diálogo com os responsáveis da Escola Superior Agrária, Câmara Municipal de Santarém e Governo Civil para encontrar uma forma de vermos os balneários alargados e melhorados. É preciso colocar um piso sintético no campo onde jogamos e o outro campo necesita de ser arranjado para que ali possamos treinar. Não é uma coisa demasiado ambiciosa e felizmente há abertura das várias entidades para se encontrar uma solução a breve prazo”, garantiu.“Queremos continuar a dignificar o clube, a cidade e também a Escola Superior Agrária, que tem tratado a Académica com grande amizade. Precisamos também de ter condições para receber os nossos adversários com dignidade que todos merecem. Vamos conversar com toda a gente e acredito que no final do nosso mandato a “Briosa” estará dotada de melhores condições”, disse esperançado Vítor Farinha. Entretanto os novos corpos gerentes da Associação Académica de Santarém, ficaram assim compostos: Assembleia-geral – presidente, Arnaldo Vasques; Vogais, António Simões e Vítor Martins. Conselho Fiscal – presidente, Filipe Dionísio; Vogais, José Alberto e Fernando Neves. Direcção – presidente, Vítor Farinha; vice-presidente, Luís Marques; directores, José Carlos Barreto; Luís Martins; Rui Aurélio; Pedro Guerra; António Moreira; João Vargas Lopes e Rui Paulino.