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Museu neo-realista é um centro cultural em Vila Franca

Vila Franca vai ter um centro cultural com auditório, galerias de exposições, livraria, espaço para crianças e cafetaria. As entradas no Museu serão gratuitas e a câmara procura soluções para criar estacionamentos na traseira do edifício.

O novo Museu do Neo-Realismo de Vila Franca de Xira abrirá as portas ao público no próximo dia 20 de Outubro. O anúncio foi feito pela presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira, Maria da Luz Rosinha, durante uma visita ao espaço que irá em breve começar a ser equipado e a receber os espólios já doados ao museu. Segundo a edil, esta será a concretização de uma vontade que “começou a desenhar-se há quatro décadas, desde a morte de Alves Redol em 1969”. Alcino Soutinho, o arquitecto responsável pela obra, referiu que esta é “uma obra de afectividades” uma vez que toda a sua juventude esteve também ligada ao movimento do neo-realismo. Mais do que um museu, este novo equipamento assume-se como um centro cultural. Um auditório, uma livraria e uma cafetaria são apenas alguns dos espaços que ajudarão a criar uma maior dinâmica, muito para além das exposições permanentes a que muitos museus habituaram os seus visitantes. Para além disso, diversas exposições temporárias e iniciativas de cariz cultural, como leituras de poemas, prometem aumentar a diversidade de ofertas do espaço. A primeira exposição de longa duração será inaugurada no dia de abertura do museu e intitula-se “Batalha pelo Conteúdo – Movimento Neo-Realista Português”, devendo estar em exposição até Setembro de 2011. Ao mesmo tempo será também inaugurada a exposição temporária de artes plásticas “Uma Arte do Povo, pelo Povo e para o Povo”. Cerca de uma centena de milhar de objectos compõem já o acervo deste museu, dividido pelos espólios de várias figuras de renome do neo-realismo.A localização e a falta de lugares de estacionamento são as críticas mais comuns ao novo museu. A esse respeito, Maria da Luz Rosinha lembrou que “por estarmos numa zona histórica, devemos privilegiar os acessos pedonais”. A edil deixou no entanto no ar a possibilidade de vir a criar estacionamento na área envolvente. “A breve trecho iremos fazer aquisições sucessivas de casas da rua”, disse, acrescentando que, nesse âmbito, está inclusivamente contemplada a possibilidade de ampliação do museu.A obra teve um custo total de 3.300.000 euros, metade paga pelo Plano Operacional da Cultura (POC) e outra metade paga pela autarquia vilafranquense. O projecto conta ainda com o mecenato da Rede Eléctrica Nacional. As entradas no museu serão gratuitas e a sua manutenção será sustentada pelo orçamento municipal.

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