Quem está habituado a percorrer as ruas de Azambuja já se familiarizou com os transtornos que as obras causam a quem por ali passa. Seja ao condutor – que tem que adivinhar semanalmente qual o percurso liberto no centro da vila – seja ao peão que é obrigado a contornar os obstáculos com que se depara permanentemente.Agora que o Polis de Azambuja já avançou em várias “frentes” é impossível para quem visita Azambuja não se cruzar com um cilindro ou sinal de aviso de aproximação de obras. Assim sendo proponho que a Câmara Municipal de Azambuja agite um pouco a imaginação no sentido de tornar aquilo que é aparentemente um incómodo para os munícipes numa verdadeira atracção turística, criando aquilo a que os especialistas denominam de sinergias.Toda a gente sabe que o Tejo já não é o que era e o (não) aproveitamento da zona ribeirinha de Azambuja deixa muito a desejar. Porque não tirar partido das crateras que se estendem pelas artérias de Azambuja e criar cursos de água artificiais? Esta componente aliada à modalidade todo o terreno que já é possível praticar na rua principal de Azambuja – essa rua já intervencionada !! - seria ouro sobre azul.Ou então organizar passeios no areal que se estende por exemplo nas traseiras do novo centro comercial Atrium Azambuja. Não fica muito atrás daquilo que qualquer um consideraria um autêntico deserto.O que falta à Câmara de Azambuja é arte e engenho para criar as tais sinergias durante o tempo que decorrem as obras e calar assim os comentários menos abonatórios sobre o atraso que a obra já leva. Pede-se apenas alguma visão estratégica...Luísa Estugarda