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Morte de bombeiro em Azambuja

Estremeci com a morte do soldado da paz. As circunstâncias são profundamente dramáticas. O jovem Pedro Salema da corporação de Voluntários de Azambuja perdeu a vida quando se preparava para salvar outra. Foi numa tarde de Agosto de quarta-feira. No minuto em que Pedro Salema partiu muitos outros jovens de 26 anos estariam a aproveitar a temperatura amena algures na costa portuguesa. Pedro Salema estava ao serviço. E nos dias que correm a boa vontade é coisa rara. Pedro morava ao lado do quartel. O profissional tinha ali uma segunda casa. Os tempos livres eram passados ao serviço da corporação. A sua foto continua perfilada ao lado dos operacionais. Os rostos que se fazem transportar no quartel fazem crer que vai ser difícil esquecer que um colega partiu. As vitrines continuam forradas com votos de pêsames de corporações de todo o país. Não obstante a dor os camaradas permanecem. 24 sobre 24 horas. O luto é indisfarçável. Há um silêncio dilacerante nos corredores. E a imagem que não se apaga do caixão a ser transportado pelos pares em ombros pelas escadas – como se o esforço físico daquela hora amenizasse o sofrimento.Foi numa tarde de Agosto de quarta-feira. E quase ia jurar que no derradeiro momento em que a vida encontrou o ponto do não retorno uma nuvem de luz atingiu o céu. Luísa Estugarda

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