Pedro Salema, bombeiro dos voluntários de Azambuja, morreu a caminho duma emergência. No dia 8 de Agosto saiu do quartel ao volante de uma ambulância para ajudar a salvar uma vítima dum Acidente Vascular Cerebral (AVC). Era um caso grave, um minuto que fosse, podia ser a diferença entre a vida e a morte de quem precisava do socorro. Pedro, 26 anos, fez o que a maioria dos bombeiros nestes casos. Ligou a marcha de urgência e carregou no acelerador a fundo. Só que a morte atravessou-se no seu caminho. A colisão com um camião que saiu duma unidade logística à beira da EN 3 matou o Pedro e feriu o seu companheiro de viagem. Os colegas do Pedro ainda pediram várias vezes para que se agarrasse à vida enquanto o tentavam salvar. Mas a violência do embate, e as lesões graves que sofreu, não lhe permitiram segurar a vida. O coração parou e os olhos do Pedro perderam aquele brilho de um bombeiro feliz e sempre de bem com a vida. Pedro foi sepultado na presença do ministro da Administração Interna e das mais altas individualidades dos bombeiros e protecção civil. A sua morte foi notícia nacional. Se não tivesse havido tragédia, o Pedro seria mais um herói anónimo de que nunca nenhum jornalista de Lisboa se iria lembrar.