uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante

Níveis de ozono registados não são prejudiciais à saúde

Este ano a estação de medição de ozono instalada na Chamusca ainda não registou níveis acima do normal, apesar das temperaturas elevadas. Os níveis têm estado bastante abaixo dos 180 microgramas (µg/m3) por metro cúbico, limiar a partir do qual é obrigatória a informação pública dos efeitos nocivos para a saúde deste poluente. Para o facto tem contribuído a ausência de grandes incêndios florestais, cujo fumo e libertação de partículas resultantes da combustão da madeira contribuem em muito para fazer subir o ozono. No ano passado a estação chegou a registar valores acima dos 200 µg/m3.Este ano os primeiros níveis de ozono acima do limite máximo registaram-se sexta-feira nos concelhos de Lisboa, Oeiras e Barreiro. 181 µg/m3, 185 µg/m3 e 206 µg/m3, respectivamente. A estação da Chamusca, a única a funcionar na região do Vale do Tejo, registou no ano passado três grandes picos de ozono, um dos quais já em Setembro. No dia 7 de Agosto de 2006 entre as 16h00 e as 17h00 foram registados 199 µg/m3. Uma hora depois os valores subiram para 221 µg/m3. Mas ainda haveriam de aumentar mais. A estação chegou a medir o valor mais elevado desse Verão no dia 11 de Agosto, quando entre as 16h00 e as 17h00 se verificaram 284 µg/m3, 104 µg/m3 acima da barreira de segurança. No dia 6 de Setembro verificaram-se 200 microgramas por metro cúbico. A qualidade do ar é controlada pelo Instituto de Ambiente que tem uma página própria na Internet (www.qualar.org) com todas as informações referentes à concentração de ozono no país. A nível regional a informação é recolhida e tratada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR-LVT). E os valores este Verão não têm chegado aos 180 µg/m3. No sábado, dia 4, atingiu os 170 µg/m3, um dos mais altos até então. No fim-de-semana anterior, em que fez bastante calor, os níveis chegaram aos 137 µg/m3 num dia de abrasador. O ozono (O3) é um composto químico com efeitos prejudiciais para os seres vivos quando se encontra junto à superfície terrestre. É o componente principal do nevoeiro fotoquímico e actua como gás com efeito de estufa. É ao nível da estratosfera (entre 25 a 30 Km da superfície terrestre) que se encontra 90% deste composto, constituindo a chamada camada de ozono, que assume um papel fundamental na protecção da vida na Terra: absorve mais de 95% das radiações ultravioleta (UV), impedindo que estas atinjam a superfície terrestre em quantidades elevadas. A exposição ao ozono em excesso afecta essencialmente os olhos, provocando irritações, e o aparelho respiratório. Os sintomas mais frequentes são tosse, dores na cabeça e no peito, falta de ar e sensação de ardor nos olhos.

Mais Notícias

    A carregar...