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Uma história com muitos actos

A construção original do Teatro Rosa Damasceno realizou-se entre 1870 e 1876 e foi da responsabilidade do arquitecto José Luís Monteiro. Seis décadas depois, em 1938, sofre uma profunda remodelação levada a cargo pelo arquitecto Amílcar Pinto. O recinto (então já essencialmente sala de cinema) foi encerrado em 1995 por falta de espectadores, que preferiam então as novas salas do hipermercado Feira Nova, entretanto encerradas. A degradação das fachadas foi-se acentuando, partes do reboco caíram e alguns vidros partiram-se. As sucessivas notificações da câmara aos proprietários para fazerem obras de conservação caíram em saco roto. A autarquia também nunca cumpriu a prerrogativa de realizar obras coercivas nem a deliberação de tomar posse administrativa do edifício tomada em Abril de 2005, no anterior mandato. Os alertas da Associação de Defesa do Património de nada valeram.O Rosa Damasceno está classificado como imóvel de interesse público desde 19 de Fevereiro de 2002. Em 2003 foi adquirido por uma empresa construtora ao Club de Santarém, que recebeu em troca alguns lotes para construção em Almeirim. Mas a câmara também quis comprar o imóvel. Em 2000, o então vereador da CDU, Vicente Batalha, alerta para a necessidade de se preservar o espaço. As negociações foram-se sucedendo, até que em Janeiro de 2002, nos últimos dias desse mandato, parecem chegar a bom termo. A minuta do acordo chegou a estar pronta mas o negócio gorou-se. Já em 2005 é rejeitada a proposta da câmara de aquisição do direito de superfície por um período de 50 anos, a troco de 350 mil euros. Pelo meio abre-se um litígio em tribunal com a câmara a reclamar o exercício do direito de preferência na aquisição do imóvel. Já este ano o Supremo Tribunal Administrativo deu razão à Câmara de Santarém, considerando que a autarquia era parte interessada no assunto e fazendo com que o processo referente à sua transacção voltasse ao tribunal de primeira instância. Entretanto, a Câmara de Santarém recebeu um pedido de informação prévia feito pela firma Rosa Tomás para um projecto naquele local que prevê a construção de lojas de conveniência, uma pequena livraria e discoteca, vários restaurantes e alguma zona de construção habitacional. O projecto prevê também a construção de um parque de estacionamento subterrâneo.

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