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Poluição e festivais

Quando não se quer fazer nada dá-se música. Penso nisto de cada vez que vejo anúncios do festival de música do Alviela. Como diriam os actores José Pedro Gomes e António Feio a iniciativa cheira-me a treta. A origem da poluição é conhecida e também são conhecidas as formas de a combater. Como não se quer resolver o assunto, ou não se pode, faz-se um festival destinado a chamar a atenção para ele.As estações de tratamento de esgotos estão uma desgraça. Não funcionam. A Câmara de Santarém sabe isso. Não vale a pena meter a cabeça na areia. Como é que a autarquia que é poluidora se mete a organizar um festival contra a poluição? Há duas semanas O MIRANTE noticiou que os funcionários da câmara de Santarém tinham despejado os dejectos de uma fossa séptica numa estação de tratamento que não funcionava e que os mesmos tinham sido mandados para o rio sem tratamento. Em que ficamos?Em vez de palavras e música devia haver mais acção, é isto afinal que quero dizer. Que se faça um festival de música não sou contra. Que seja a câmara de Santarém a avançar com a ideia e que diga que o festival vai ser feito para chamar a atenção para a poluição do Alviela faz-me sorrir. Chamar a atenção de quem? Do senhor Presidente da Câmara? É como os candidatos na altura das campanhas eleitorais desatarem a fazer levantamentos dos assuntos e auscultarem as populações. Uma perda de tempo, na minha modesta opinião. Os problemas são conhecidos e a opinião das pessoas também. Façam propostas e expliquem como as esperam concretizar e depois de serem eleitos avancem…em vez de se porem com festivais.Carla

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