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Carlitos foi a gazua que abriu o caminho para a vitória do Monsanto frente ao Alcobaça

Carlitos foi a gazua que abriu o caminho para a vitória do Monsanto frente ao Alcobaça

A vitória alcançada pelo Monsanto frente ao Alcobaça, aceita-se perfeitamente porque foi a única equipa que jogou para vencer. O treinador do Alcobaça foi a Monsanto com a nítida intenção de evitar que a sua equipa sofresse golos, colocando autenticamente um “autocarro” em frente à baliza. A equipa comandada por Vítor Alves cedo empurrou o adversário para o seu meio campo e, embora com alguma dificuldade, acabou por vencer com justiça.

O Grupo Desportivo de Monsanto fez valer o factor casa e toda a categoria da sua equipa e da sua linha avançada, que em seis jogos já marcou 29 golos, e entrou no jogo com o Alcobaça disposto a ganhar. A equipa entrou a comandar através de uma boa circulação de bola e a aproveitar da melhor maneira o recuo do seu adversário. Perdeu-a poucas vezes, e assim inviabilizou o contra-ataque do Alcobaça, que nunca conseguiu sair para colocar em perigo a baliza defendida por Pedro Miguel. Tudo ia bem para o Monsanto até perto da área. O problema era furar a muralha defensiva que Gonçalo Silva montou para travar o ataque monsantense. Contudo, cedo se viu que os índices de confiança e de consistência da equipa do Monsanto estão em alta. Mas neste jogo surgiram alguns erros de marcação e de concentração.Contudo, fruto de alguma ansiedade os avançados do Monsanto não conseguiam aproveitar algumas oportunidades criadas, Carlitos e Jamerson por mais de uma vez tiveram o golo nos pés, mas desperdiçaram por manifesta precipitação na hora do remate. Os alcobacenses não abandonaram o seu sistema de jogo. A partida tornou-se lenta e pastosa uma vez que a equipa de Gonçalo Silva se limitava a esperar pelo ataque continuado do Monsanto, para depois sair timidamente para o contra-ataque. Mas a falta de confiança e velocidade dos seus jogadores, nunca deu para incomodar Pedro Miguel, que foi pouco menos do que um espectador.A primeira parte acabou por ser um jogo de sentido único. Só a equipa comandada por Vítor Alves arriscou e jogou para a vantagem, que se justificava no final desse tempo, o empate era demasiado penalizante para o Monsanto.Para a segunda parte, nenhum dos treinadores mexeu nas equipas. Mas Vítor Alves rectificou o posicionamento de algumas pedras, abrindo mais as alas e colocando o irrequieto João Martins entre as duas linhas defensivas do Alcobaça e fazendo descair mais para o centro da área o ponta de lança Carlitos, precisamente para explorar o seu bom jogo de cabeça.Assim voltou a ser a equipa comandada por Vítor Alves a mais forte, a marcar e a adiantar-se no marcador quando iam decorridos 50 minutos. Num rápido contra-ataque, Cedric fugiu pela direita e cruzou para área onde apareceu Carlitos a saltar mais alto que toda a gente e a concretizar.Fruto do seu domínio a equipa de Monsanto voltou a marcar aos 60 minutos. Numa grande jogada de envolvimento, com a bola a circular rapidamente entre o meio campo e os avançados João Martins vai à linha de fundo, cruzou para a área e mais uma vez Carlitos estava no sítio certo para cabecear para o fundo da baliza de Vítor. A perder por dois golos a equipa de Alcobaça mostrou pouca força e capacidade para inverter a situação e não conseguiu jogadas de grande perigo. Apenas aos 70 minutos, num livre directo marcado por Fábio, a defensiva do Monsanto passou por algum apuro.Por seu lado, a equipa comandada por Vítor Alves não se acomodava e continuava a pressionar o seu adversário. É verdade que sempre sem grande perigo, porque sentia algumas dificuldades para ultrapassar a barreira defensiva adversária.Mas até ao final do jogo o Monsanto foi sempre mais perigoso e justificou a vitória. Que podia ter sido mais dilatada. O Grupo Desportivo de Monsanto mostrou que é uma equipa consolidada e a atravessar um bom momento e capaz de lutar pelos lugares de subida. “Ainda é muito cedo para deitar foguetes”No final do jogo o treinador do Monsanto, Vítor Alves era um homem tranquilo. Satisfeito com a vitória e o comportamento dos seus jogadores, alertou para as dificuldades que a sua equipa vai encontrar. “Ainda é cedo para deitar foguetes. O campeonato é muito longo e tem muitas armadilhas, vamos encontrar muitas equipas a jogar como jogou o Alcobaça, com sistemas tácticos ultra defensivos, que nos vão dificultar muito a vida”, referiu.O técnico quer ser realista. Sabe que há muito equilíbrio entre as equipas, por isso pensa que a sua equipa tem que ser muito consistente em termos de conquista de pontos. “Hoje já tivemos uma amostra do que vamos encontrar, conseguimos contornar as dificuldades, e vencemos. Os nossos adeptos também têm que perceber que não vai ser possível golear em todos os jogos”, referiu.Vítor Alves recusa favoritismos exagerados, não se assume como candidato ao título. “A prática de um campeonato define-se com 26 jornadas, sabemos o grupo que temos, mas também sabemos que do outro lado estão várias equipas também com grandes ambições. O que garanto é que estamos a fazer tudo para que estes jogadores sejam cada vez melhores, e que em cada jogo lutem sempre pela vitória”, garantiu. Acrescentando que as vitórias podem sempre vir por acréscimo, quando uma equipa luta como o Monsanto o faz.O técnico realçou ainda o sentido quase profissional como trabalham os seus jogadores, chamou a atenção para as lesões que vão aparecendo, como foi o caso do seu guarda-redes mais utilizado, Nuno Martins que voltou a sofrer uma lesão grave. “Foi necessário procurar rapidamente outro guarda-redes, e quero agradecer a disponibilidade do Paulo Simões, que já tinha decidido retirar-se e acedeu voltar a treinar para nos ajudar com a sua experiência e qualidade de jogador e homem”, disse a terminar Vítor Alves.
Carlitos foi a gazua que abriu o caminho para a vitória do Monsanto frente ao Alcobaça

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