Uma firma de reservatórios e silos de Vilões, concelho de Ourém - criada a partir de uma empresa formada por um jovem de 16 anos - foi eleita a empresa do ano da região de Santarém, uma iniciativa do jornal O MIRANTE e da Associação Empresarial da Região de Santarém - Nersant. Os galardões referentes a 2006 foram entregues na noite de sexta-feira, 23 de Novembro, no picadeiro da Golegã numa cerimónia que coincidiu com a comemoração dos 20 anos do jornal (ver texto nesta edição). Saúl Henriques é o empresário da Henriques & Henriques, empresa mãe de um conjunto de sete firmas, que conta com 80 colaboradores e que já opera além fronteiras. Desde o mercado ibérico, passando pelo leste da Europa e África. A empresa começou por ser familiar e assim vai continuar. Os cinco filhos do presidente do conselho de administração trabalham ou preparam-se para trabalhar com ele, o que deixa antever uma liderança natural e tranquila. O presidente do conselho de administração começou a trabalhar cedo numa empresa de metalomecânica. Abandonou a escola para optar pela universidade da vida. Os principais clientes da empresa são companhias petrolíferas, revendedores de combustíveis e empresas de tratamento de águas. “Quero associar este momento alto da Henriques & Henriques a todos os colaboradores, entidades externas e comunidade empresarial em geral que de uma ou outra forma contribuíram para que tal fosse possível. A toda a minha família, que tem sido o meu grande sustentáculo ao longo de toda a minha vida empresarial, agradeço todo o carinho e compreensão com que me rodearam durante todos estes anos. Este é o orgulho de quem se sente feliz por ter desenvolvido um bom trabalho. Um orgulho que nos incentiva a trabalhar para fazermos sempre melhor”, referiu.A Societex, uma empresa de extracção de areia fundada em 1990 por Almerindo Moreira, que nasceu no Douro e já chegou ao Tejo, recebeu a distinção como micro empresa. “Este prémio servirá de incentivo para continuar nos caminhos que queremos que sejam de sucesso”, vincou o empresário. Os inertes retirados do Tejo são transportados para o norte por caminho-de-ferro. É lá que são comercializados. Em Penafiel e Águas Santas. O destino são as grandes obras a decorrer naquela zona do país. Algum material fica na região. Na Central Termoeléctrica do Pego ou na A23, por exemplo.Almerindo Moreira visita a extracção de Abrantes quase todas as semanas e já criou laços de amizade na região. Tem investido para melhorar os impactos negativos no ambiente e a empresa já instalou um sistema ecológico que eliminou os problemas causados pelos combustíveis.O Galardão Pequena e Média Empresa foi atribuído à Vigobloco, de Caxarias, Ourém, que foi destacada este ano como PME líder pelo IAPMEI. Manuel Saraiva é o proprietário da firma que conta com 140 colaboradores. A história da empresa começa há 30 anos com Manuel Saraiva, emigrante em França, mecânico de máquinas industriais. Um dia, de férias, acompanhou um familiar na procura de blocos de betão. Apercebeu-se de que existia muito procura e pouca oferta. Foi a oportunidade para regressar.A empresa tem sede em Urqueira, Caxarias, concelho de Ourém. Deu o salto na década de 90 quando começou a produzir pré-fabricados pesados como elementos estruturais para construção de naves industriais e comerciais. 2001 foi um ano importante para a empresa que aumentou a produção em 50 por cento. Construiu uma nova unidade operativa e um ano depois aumentou o capital social e passou a chamar-se Vigobloco prefabricados, SA. Cerca de dez por cento da produção vai para Espanha. Manuel Saraiva, que gere a empresa e conta com a ajuda de dois filhos, agradeceu o prémio às entidades organizadores, assegurando que contribuirá como incentivo para fazer mais.