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Autarcas do Médio Tejo sabem o que querem

Como viu o aparecimento dos transportes urbanos em algumas cidades do distrito de Santarém? Eu acho óptimo. Os transportes levam gente. Há mobilidade. As câmaras municipais mostraram que há procura deste tipo de serviço mas não há nenhum transporte desse tipo que se pague a si próprio. Neste momento as câmaras já perceberam isso e já nos estão a lançar desafios. Pedem-nos que façamos propostas para sermos nós a ficar com os serviços. Estão a aproximar-se do modelo que aí vem. O modelo da contratualização. Neste momento qual a ligação da Rodoviária do Tejo aos serviços municipais?As autarquias tiveram apoio para fazer os estudos e para a compra dos autocarros e nós alugamos-lhes os motoristas. Mas o nosso negócio não é alugar motoristas. Os transportes dentro das cidades são das autarquias. Se tentam sair das áreas urbanas entram na vossa concessão. Como é que isso se resolve? Como é possível alargar os percursos. E responder às necessidades das populações? Com o sistema de contratos vai ser possível. Mas tem que existir a tal autoridade regional a definir as necessidades e a pôr os serviços a concurso. E até lá? Com a actual situação também é possível ir resolvendo alguns problemas. Veja o caso de Torres Novas. Os TUT (Transportes Urbanos Torrejanos), para irem a Riachos entram dentro da nossa concessão. Foi feito um acordo. Mas o ideal é existir uma lógica de região e não de concelho. Os concelhos não são ilhas. O que vale é que esta zona tem excelentes autarcas que sabem o que querem. E no Médio Tejo estão a avançar e vão fazer o que é necessário para melhorar o serviço prestado às populações, com ou sem contratualização. Como?Já vamos fazer, no ano que vem, um serviço que não fomos nós a criar mas que foi decidido pela Comunidade Urbana do Médio Tejo. É uma proposta que está no ar para ligar os três hospitais (Abrantes, Tomar e Torres Novas). É um serviço que não nasceu nos gabinetes de estudo da Rodoviária do Tejo. Nasceu na Comunidade Urbana do Médio Tejo. Eles estudaram o assunto e decidiram avançar com ou sem rentabilidade. É uma decisão política em defesa das populações. Já apresentámos os custos e aqueles municípios vão concorrer a verbas comunitárias. Há no QREN apoios para a coesão e mobilidade. Tudo começará ali. Se conseguirem o exemplo vai alastrar para outras zonas. A única barreira que poderia haver era a impossibilidade de criar novos percursos. Felizmente o que definiram coincide com a nossa concessão.A ideia que se tem é que os autarcas apenas se interessam pelo que se passa dentro das fronteiras dos seus concelhos. No Médio Tejo cada autarca tem a sua visão de como gerir um concelho mas quando estão na Comunidade Urbana a falar de coesão social ou mobilidade a linguagem é comum. Têm nos seus objectivos a criação de uma autoridade para os transportes e vão criá-la. E essa entidade vai ser o nosso futuro interlocutor. Eles são pessoas muito cartesianas. Sabem fazer contas e sabem o que cada um pode fazer. Eles querem mobilidade. Querem transportes. E vão tê-los.

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