O presidente da Câmara do Cartaxo, Paulo Caldas (PS), desafiou o presidente da Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) a divulgar os nomes dos empresários que financiaram o estudo para a localização do Aeroporto Internacional de Lisboa em Alcochete. "Por uma questão de transparência, o presidente da CIP deve esclarecer os portugueses sobre esta questão", disse à agência Lusa o autarca socialista.Paulo Caldas frisou que há estudos públicos assumidos segundo os quais 90 por cento dos passageiros e funcionários da futura infra-estrutura se localizam na margem Norte do rio Tejo. "Pela análise de tráfego estima-se uma receita adicional de 1,7 mil milhões de euros em portagens nas duas pontes", Vasco da Gama e 25 de Abril, concessionadas à Lusoponte.Paulo Caldas sublinhou que o valor em causa (acréscimo de portagens) representa dois por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e 10 por cento das verbas do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para Portugal até 2013, bem como dois terços do custo total da construção do aeroporto na Ota. "Há uma única entidade que beneficia claramente que é a Lusoponte", com a construção do novo aeroporto em Alcochete, defendeu.Paulo Caldas indicou que há estudos da Universidade de Coimbra neste sentido e que tanto a NAER - Novo Aeroporto, como a CIP também os conhecem. "É líquido que é necessário um novo aeroporto, o que não está claro é esta receita para a Lusoponte e quem pagou o estudo para a margem Sul", insistiu.