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Presidentes de junta da CDU viabilizam proposta para o IMI em Coruche

Presidentes de junta da CDU viabilizam proposta para o IMI em Coruche

Oposição acusa maioria socialista de fazer chantagem política
Os quatro presidentes de junta da CDU que integram a Assembleia Municipal de Coruche votaram a favor da proposta de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) emanada da maioria PS na câmara, mudando o sentido de voto relativamente à sessão de 14 de Setembro quando se pronunciaram contra. O documento foi aprovado com 17 votos a favor, dos quatro autarcas da CDU e dos 13 eleitos do PS, e 12 votos contra da restante bancada da CDU e do PSD.A situação causa perplexidade quando semanas antes a exacta proposta fora chumbada por PSD e CDU. Armando Rodrigues, vogal da CDU, leu um texto no qual os presidentes de junta declaram que votam a favor do IMI para não dar pretextos à autarquia de justificar a ausência de investimentos por não ter o imposto aprovado. Recorde-se que a CDU propunha que a taxa de IMI para 2008 fosse fixada em 0,6 por cento para prédios não avaliados pelo código do IMI e de 0,3 por cento para prédios avaliados à luz desse código - uma décima abaixo dos valores aprovados pela maioria PS.O presidente da Câmara de Coruche, Dionísio Mendes (PS), apelida de derrota política as posições de PSD e CDU, que em Setembro se tinham “coligado”. “O que se passou foi que a CDU apresentou primeiro um texto contra a proposta e, depois de um intervalo, veio com as posições a favor dos presidentes de junta. Trata-se de uma derrota política, com o PSD a reboque e a ficar isolado. Os senhores presidentes de junta pensaram e votaram em consciência e sem o espartilho partidário”, constata Dionísio Mendes, acusando o líder da bancada da CDU de fazer um “golpe de rins e de engolir sapos do tamanho de elefantes”. Armando Rodrigues respondeu ao autarca lembrando a campanha que se fez nas freguesias CDU para fazer passar a ideia de que os autarcas da CDU votam sistematicamente contra as propostas da câmara que impedem que se arrecadem receitas para fazer obras nessas freguesias.“As obras no cemitério da Arriça, a construção do Centro Social do Biscainho, da rua da Felicidade na Fajarda ou do parque dos Lagoíços, no Couço, não foram concertadas pelo facto de os presidentes de junta terem votado contra as propostas da câmara?”, questiona Armando Rodrigues, para concluir que para o ano se verá se são concretizadas com a proposta de IMI viabilizada.Por parte do PSD, partido que dias antes da assembleia assumiu através da concelhia que iria votar contra as taxas de IMI propostas, a reviravolta na votação deve-se a uma situação de “chantagem política” feita pela presidente da câmara sobre os autarcas da CDU. “Uma situação de alerta aos presidentes de junta sobre eventuais benesses que não iriam ter caso aprovassem uma proposta diferente da do executivo”, refere Carlos Ceia.
Presidentes de junta da CDU viabilizam proposta para o IMI em Coruche

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