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A “morte anunciada” do pré-escolar

“A seguir ao ATL vem o pré-escolar que já tem morte anunciada”. As palavras são do provedor da Santa Casa da Misericórdia de Azambuja, Armando Aparício, que acredita que depois das actividades de enriquecimento curricular que o Estado chamou a si haverá alterações ao nível do pré-escolar. O provedor da instituição que tem ainda este ano 125 crianças no ATL interroga-se sobre o que fará às funcionárias, às crianças e às salas da valência quando terminar o serviço prestado na instituição. “As misericórdias chegaram a ter 124 ateliers de tempos livres, neste momento há apenas 24”, compara.“Quando a ministra diz em Matosinhos ao lado do primeiro-ministro que só famílias ricas se podem dar ao luxo de ter filhos no ATL está a pensar em sítios onde pagam 2.500 euros. Ninguém explicou àquela senhora que o ATL não é isso. E os pais que saem daqui às sete da manhã, que estão desenraizados, que não têm família e que só chegam às sete horas?”, interroga-se Armando Aparício que teme que mais tarde o Governo venha reivindicar os espaços construídos com apoios estatais. “Nós estamos condenados a ficar com os bebés e com os velhos. Esses ninguém quer”, remata. A Santa Casa da Misericórdia tem actualmente 352 crianças e apoia 74 idosos. Cerca de uma centena de famílias carenciadas é apoiada pela instituição que conta com 100 funcionárias.

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