uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Tornar as casas mais acolhedoras durante o frio do Inverno

Tornar as casas mais acolhedoras durante o frio do Inverno

Alberto “Xaninha” monta e vende lareiras e outros sistemas de climatização

Os preços de lareiras podem variar entre os 300 e os cinco mil euros, no caso de aplicações com mármores brancos.

Alberto “Xaninha” vende e monta lareiras. Das mais rústicas e trabalhadas em tijolo, às mais modernas e com mármores nobres. O negócio das lareiras e recuperadores de calor surgiu há 12 anos. Atrás dele vieram as instalações mais recentes no que respeita à climatização, como as caldeiras a gás e a gasóleo e energias alternativas, caso dos painéis solares e fotovoltaicos.Natural do Biscainho, Coruche, Alberto Rodrigues começou como ajudante de carpintaria e marcenaria com o irmão. Apenas estudou até à quarta-classe. Na escola ficou conhecido como Xaninha, alcunha que o irmão ano e meio mais velho já tinha. E que nem sabe explicar como surgiu. Ficou até hoje assim conhecido e poucos são os que o reconhecem pelo apelido Rodrigues e que não sabem onde fica a sua loja.Num armazém ao lado, Alberto só tem de juntar o puzzle das peças da lareira e levá-la para ser encaixada no espaço destinado numa habitação. O cliente só tem de escolher num catálogo, revista ou fazer o desenho e material que pretende. Muitos preferem fazer também da lareira autênticos móveis com prateleiras para colocar DVD’s, televisões e outros adereços. Os preços das lareiras podem variar entre os 300 e os cinco mil euros, no caso de aplicações com mármores brancos. As peças vêm quase todas da região de Leiria. Alberto prefere os trabalhos com pequenos construtores que vão edificando vivendas. Dos grandes, confessa, teve alguns dissabores quanto a pagamentos. Divide o seu trabalho por igual entre profissionais e particulares que o abordam.No espaço da sala, onda a lareira é encaixada verifica bem as medidas. Calcula se o “pescoço de cavalo ou papo de rola”, tubo que encaixa no respirador da lareira, tem as medidas certas. As peças em pedra ou tijolo da lareira são coladas com cola especial e com silicone. Um erro, garante, é encaixá-las na parede quando se sabe que o calor dilata e o mais provável é que o material venha a estalar. Por isso diz que quem faz as coisas por capricho não se sai bem. “Os trabalhos ou saem bem ou mal. Não há meio-termo”, garante. Lembra-se por exemplo de ter ido a casa de uma cliente que tinha montado uma lareira que “fumava mal” com base num desenho que a própria tinha feito. Disse-lhe que tinha de ser tudo desmontado e desabafou que o desenho para a lareira devia ter sido trabalho de algum arquitecto. E não é que tinha uma arquitecta à sua frente. Mas Alberto Xaninha recorda que no trabalho com lareiras e outros sistemas muitas vezes o grau académico não confere o saber técnico. E que a experiência que detém o faz saber lidar com os problemas que vão surgindo. Actualmente 90 por cento das lareiras que instala têm recuperador de calor. Alberto Xaninha diz que é uma boa forma de aproveitar a energia criada pelo fogo. “Apenas 15 por cento do calor do fogo de uma lareira aberta é aproveitado, o resto vai pelo respirador. Com um recuperador pode-se aproveitar até 75 por cento de calor e aquecer uma divisão. “E deve instalar-se mesmo que se possua aquecimento central porque vai ajudar a reduzir consumos”, sugere. Apesar de ter começado com o trabalho das lareiras o técnico confessa que lhe dá mais prazer montar sistemas de aquecimento, que lhe dão mais luta para contornar a situação. Como a instalação de piso irradiante que aquece o chão através de água quente por baixo do piso cerâmico ou de outro.Depois de adquirir conhecimentos de carpintaria e marcenaria Alberto virou-se para as pinturas. Os conhecimentos de trabalhos manuais e oficinais deram-lhe tarimba para aproveitar as oportunidades após cerca de três anos de tropa. De 1974 até 2002 trabalhou ainda no ramo das pinturas de construção civil. No tempo em que o Biscainho vivia quase a 100 por cento da agricultura e esta dava rendimento, Alberto “Xaninha” conseguiu apostar num negócio que se alimentava a partir do dinheiro gerado nos campos de cultivo. “Cheguei a ter oito empregados. Hoje a empresa é puramente familiar com a minha mulher e enteado”, constata.
Tornar as casas mais acolhedoras durante o frio do Inverno

Mais Notícias

    A carregar...