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Câmara de Torres Novas trabalha só para pagar despesas correntes

PSD considera que 2008 não irá ser um ano de grandes investimentos
“A Câmara de Torres Novas neste momento trabalha apenas para pagar as despesas correntes”. A afirmação é do vereador social-democrata Nuno Santos que, em conferência de Imprensa, disse só estar disponível para aprovar o orçamento municipal para 2008 se a maioria socialista que comanda o executivo se comprometer a reduzir em muito algumas despesas, nomeadamente os custos operacionais e com pessoal.Nuno Santos mostrou-se preocupado com o facto de em praticamente todas as reuniões do executivo serem apresentados para aprovação acordos de regularização de dívidas com fornecedores que, em sua opinião, não são mais do que “manobras contabilísticas” para “aliviar” o passivo de curto prazo, transformando-o em médio e longo prazo. Uma gestão que, na opinião do vereador, está a hipotecar o futuro do concelho, deixando o ónus a quem comandar os destinos da autarquia daqui por 15 ou 20 anos. “Temos assistido ao adiar de compromissos financeiros por parte desta câmara, tentando assim equilibrar as actuais contas, já de si débeis”, disse o vereador, recordando que o município continua na lista negra de devedores, apesar do “discurso oficial” do presidente, António Rodrigues, que afirma que o endividamento da autarquia até diminuiu este ano.“A verdade é que o Governo não nos retirou dessa lista negra e, a confirmar-se o endividamento, este levará a um corte orçamental de 10 por cento ao ano nas transferências do Orçamento de Estado, até a situação estar regularizada”, salientou Nuno Santos, admitindo no entanto que a autarquia está já a dar sinais de que pretende mesmo reduzir custos. “A prova disso é a recente renegociação do protocolo com o Teatro Virgínia, se bem que, em nossa opinião, as transferências financeiras para lá ainda deviam ser mais reduzidas”.O vereador social democrata lembrou ainda que apesar “da pompa e circunstância” com que foi anunciada a estratégia de investimento para o concelho, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN), a verdade é que até à data não está garantido qualquer financiamento comunitário para nenhum investimento integrado no projecto Torres Novas.pt. “As candidaturas ainda não abriram e pensamos que haverá muito projecto anunciado que ficará pelo caminho”.Por isso o PSD considera que 2008 não irá ser um ano de grandes investimentos, pelo menos durante o primeiro semestre. “Não passaremos de pequenas obras de manutenção, quer na cidade quer nas aldeias, por manifesta falta de capacidade financeira”.

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